Preso há 850 dias depois de ser acusado de matar a esposa, a advogada Tatiane Spitzner, o professor Luis Felipe Manvailer ‘está em paz’, conforme relato da assessoria de imprensa da defesa de Manvailer. Os advogados dele estiveram na semana passada na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), onde o réu deu uma entrevista exclusiva a Roberto Cabrini, da Rede Record. O Tribunal do Júri ocorre nos dias 3 e 4 de dezembro.
De acordo com as informações, a entrevista durou mais de três horas e durante a conversa Luis Felipe fez uma grave acusação contra um servidor das forças de segurança de Guarapuava. A defesa não quis informar o conteúdo da denúncia nem da entrevista, mas disse que a revelação surpreendeu. Além disso, os advogados sustentam a tese de inocência.
Felipe sempre teve certeza da sua inocência. Penso que ele não está confiante, ele está em paz consigo mesmo. Encarando o processo com dignidade. Ele sabe de sua inocência.
Ao ser questionada sobre a condenação, a defesa de Manvailer foi enfática em dizer que quem decide, é o povo. “O processo é decidido no Júri. Acreditamos sim na inocência dele, não por opinião, mas por toda a prova produzida na fase de instrução. Agora, no Tribunal do Júri, é o momento de apresentar toda essa prova que a justiça produziu e que desmonta a peça de acusação, aos jurados. Quem decidirá é o povo. Então acreditamos na inocência dele e cremos que o povo , por meio das provas produzidas, vera que Luis Felipe não matou Tatiane Spitzner”.
Além disso, sobre o atual cenário do caso a defesa faz uma análise profunda, e afirma mais uma vez que irá reverter as acusações.
Duas famílias que sofrem. Pai, mãe, irmãos, não querem perder um ente de maneira brusca. E temos um jovem que jura inocência sepultado vivo e uma jovem com a vida toda pela frente morta. Tudo ali nos momentos finais é muito intenso e chocante. Mas a questão é: o que aconteceu dentro do apartamento? A ciência está mostrando uma coisa. A acusação tenta mostrar outra. E esse será o grande embate.
DEFESA DA TATIANE
Já a defesa da advogada, afirmou que a
(…) família aguarda o Júri com a tranquilidade de que presenciará um veredito condenatório e uma pena proporcional ao crime hediondo de que Tatiane Spitzner foi vítima.
Além disso, sobre a possibilidade de que o réu seja submetido a pena máxima, a defesa afirmou que “pena máxima é sempre menos provável. Mas, acreditamos que perto do máximo”.
JÚRI
No dia 17 de maio de 2019, a Justiça determinou que o réu ia a júri popular. Em 20 de julho de 2020, a Justiça novamente se manifestou. Desta vez, pediu o agendamento do júri. Por fim em 14 de setembro de 2020 a data ficou definida. O Tribunal do Júri está agendado para o dia 3 e 4 de dezembro.
O caso, que teve repercussão internacional, movimentou a opinião pública e ganhou notoriedade em todos os setores da sociedade pode ser um dos maiores júris da década no Brasil. Isso porque o processo é complexo, e o inquérito e a instrução conflitam.
Leia outras notícias no Portal RSN.