No dia 14 de setembro de 2020 a Justiça do Estado do Paraná estabeleceu a data do júri popular de Luis Felipe Manvailer. Na época, o julgamento do réu, que está preso desde o dia da morte da advogada Tatiane Spitzner em 2018, ficou estabelecida para os dias 3 e 4 de dezembro. Porém, o júri foi adiado após a confirmação de que um dos advogados dele testou positivo para covid-19.
Nos dias que antecederam a primeira data estabelecida pelo Judiciário, a defesa do acusado manteve a comunicação com a imprensa e chegou a trazer diversas ‘novidades’. Entre elas, apresentou advogadas, que atuam em defesa dos direitos da mulher em todo o país, e que se disponibilizaram a estudar e participar da defesa de Luis Felipe no julgamento. Na ocasião, o advogado de defesa da família de Tatiane afirmou que “respeitosamente, [preferia] não estender a questão. Que [merecia] ser relegada ao esquecimento. O júri decidirá. Esse tipo de cortina de fumaça só interessa à defesa”. Desta vez, a defesa dele [Manvailer], tem preferido o silêncio.
Desde o início desta semana, a assessoria de imprensa dos advogados que defendem Manvailer foi procurada pela reportagem do Portal RSN. Os responsáveis não responderam nenhum dos questionamentos. Os advogados da família Spitzner, foram questionados se o silêncio seria uma nova estratégia da defesa do réu preso. Contudo, afirmaram que ‘não sabiam dizer’. A defesa da advogada morta deve chegar a Guarapuava na noite de terça (9) e afirmou que ‘segue confiante na condenação, e que a data está mantida’. Anteriormente, os advogados do réu preso afirmaram que ‘ele estava em paz‘.
Até a publicação desta reportagem, a defesa de Luis Felipe Manvailer também não respondeu em que dia deve chegar à cidade.
JÚRI
No dia 17 de maio de 2019, a Justiça determinou que o réu preso ia a júri popular. Em 20 de julho de 2020, a Justiça novamente se manifestou. Desta vez, pediu o agendamento do júri. Por fim, em 14 de setembro de 2020 a data ficou definida para 3 e 4 de dezembro. No dia 2 de dezembro o júri foi adiado e remarcado para 25 de janeiro de 2021. E posteriormente, devido a incompatibilidade da data, o júri passou por novo agendamento, ficando para 10 de fevereiro.
O caso, que teve repercussão internacional, movimentou a opinião pública e ganhou notoriedade em todos os setores da sociedade pode ser um dos maiores júris da década no Brasil. Isso porque o processo é complexo, e o inquérito e a instrução conflitam.
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