22/08/2023


Cotidiano Paraná Saúde

Saúde acena com possível prorrogação de decreto no Paraná

"Temos muitas atividades consideradas essenciais que estão abertas. Talvez nesse momento mais duro fosse o caso que nem elas ficassem abertas"

Sesa

Governador Ratinho Junior, Beto Preto (Saúde)  outras autoridades  (Foto: Geraldo Bubniak/ANP)

Os números da covid-19 no Paraná estão em evolução, segundo a Secretaria de Saúde. Isso significa que a taxa de crescimento está em alta. De acordo com os últimos números da fila de espera nas UTI’s só crescem. A observação feita pelo diretor de Gestão em Saúde da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), Vinicius Filipak, à Banda B é um aceno. Ou seja, as medidas restritivas constantes no decreto vigente podem ser prorrogadas. O prazo desse decreto acaba nesta segunda (8).

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, nesta quinta (4), 811 pacientes esperavam por um leito no Paraná. Destes, 336 por leito de UTI. E o pior de tudo é que não existe possibilidade de ampliação de rede. Ainda hoje (4), o agente penitenciário Alexsandro dos Santos, de 38 anos, morreu em Curitiba. Com complicações da covid-19  ele estava à espera de uma vaga em unidade de terapia intensiva. Alexsandro chegou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Boa Vista no final da tarde de ontem (3) e o quadro complicou rapidamente.

“A situação é a cada dia pior e há crescimento diário da lista de espera, porque a contaminação continua em alta”, disse  Filipak. Por isso, ele acredita que as medidas restritivas serão prorrogadas.

“ESTAMOS NO LIMITE”

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, à RPC, o Estado está no limite. “Não temos mais tempo de discutir se as medidas restritivas são importantes ou não. Elas são fundamentais enquanto não chega a vacinação em massa. Temos limites físicos para ampliar ainda mais o atendimento dos hospitais”.

Em Cascavel, onde a situação é ainda mais grave, Beto Preto disse que a ocupação de leitos exclusivos para pacientes com a doença, pelo SUS, está em 96%. Conforme o secretário, na macrorregião Oeste o quadro é desesperador, pois 98% dos leitos encontram-se ocupados. “Aumentou em 16% em 48 horas”.

Assim, com esse cenário, Beto Preto também sinaliza uma possível prorrogação das atuais medidas.  “Temos muitas atividades consideradas essenciais que estão abertas. Talvez nesse momento mais duro fosse o caso que nem elas ficassem abertas. Precisamos que  a taxa de isolamento aumente”.

De acordo com informações da Casa Civil, em contato com o Portal RSN, amanhã (5), o governador Ratinho Junior deve decidir se o decreto será prorrogado ou não.

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Cristina Esteche

Jornalista

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