22/08/2023


Guarapuava Segurança

Se seguir ritmo, júri de Manvailer pode durar mais quatro dias

O terceiro dia do júri popular de Luis Felipe Manvailer começou com a dispensa de mais uma testemunha e a oitiva do investigador da Polícia Civil, Marco Aurélio Jacó

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Defesa fala antes de terceiro dia de júri popular de Manvailer (Foto: Portal RSN)

Às 8h58 desta quinta (6) Luis Felipe Manvailer retornou ao plenário do Tribunal do Júri, no Fórum de Guarapuava. Este é o terceiro dia do julgamento e no início da manhã, o Ministério Público dispensou mais uma testemunha. Neste momento, Marco Aurélio Jacó, investigador da Polícia Civil, está prestando depoimento. Marco Aurélio é a sexta testemunha a falar no plenário.

Durante a manhã, houve a exibição de imagens do dia da morte da advogada. Desse modo, o investigador da PC falou com riqueza de detalhes sobre as imagens das câmeras de segurança. Se seguir neste ritmo, com duas testemunhas prestando depoimento por dia, a sessão do júri pode se alongar por mais quatro dias. Levando em consideração possíveis dispensas.

O advogado de defesa do réu voltou a dar entrevista antes do início da sessão. Questionado sobre a expectativa de duração do júri, o advogado de defesa do réu preso afirmou que entende que essa é uma ansiedade da imprensa. Disse ainda que não tem uma expectativa para o término, que está aqui para fazer o julgamento.

“A acusação tem desistido de testemunhos, porque todos os que são colocados ali, rendem muito mais para as incertezas do caso do que para as convicções da acusação”. Além disso, o advogado afirmou que a acusação tem uma estratégia nítida.

Se fosse nós [da defesa] vocês [imprensa] estariam levando isso a toda potência. Eles estão em uma estratégia maluca de desistir das testemunhas por que quem é colocado ali é sabatinado pela defesa. E nós, sem sombra de dúvida, temos um conhecimento dos autos muito superior a eles. Eles estão com uma visão em túnel desde então. Com dois ou três frames, eles acham que com isso vão conseguir condenar um homem. Luis Felipe Manvailer errou, mas não matou Tatiane Spitzner.

Na tarde de ontem (5) a acusação se manifestou sobre a dispensa de testemunhas. Em nota, afirmou que “com base nessa situação, o Ministério Público, por entender que as provas de acusação são mais que suficientes, optou por desistir de ouvir duas testemunhas, com objetivo de tornar o júri menos cansativo e desnecessariamente longo, como deseja a defesa de Manvailer.”

OITIVAS

Na terça (4), primeiro dia de julgamento, duas testemunhas prestaram depoimento. Ontem (5), outras três. Ainda nessa quarta (5), houve dispensa de três testemunhos, sendo um pela defesa e dois pela acusação. Desse modo, os depoimentos até o momento foram de Bruno Maciozek, Delegado de Polícia Civil, Camila Gibran, vizinha do casal na época, e o marido dela José Ivo de Aguiar.

Além disso, Guilherme Taques que é médico legista e Flávio Ladwig, síndico no prédio do casal na época. Por fim, até 11h30, somente o Ministério Público interrogou o investigador da Polícia Civil, Marco Aurélio Jacó.

Ainda faltam prestar depoimento: Obadias de Souza Junior, assistente do Instituto Médico Legal (IML). Antonio Marcos Machado, vizinho da lanchonete da frente. E ainda Wellington Daikubara, delegado de Plantão, Leandro Dobrychtop, investigador. Além de Joanez Gaspar, investigador, Newton Albach, policial militar, André Manvailer irmão do réu, além do acusado Luis Felipe Manvailer.

Ainda prestam depoimento, três assistentes técnicos Leocadio Casanova, especialista em inteligência pericial, Luis Airton Saavedra de Paiva, professor de medicina legal e médico legista e por fim, Jussara Joeckel, perita criminal aposentada.

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Cristina Esteche

Jornalista

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