A pequena comunidade ‘Nova Galícia’, distante cerca de seis quilômetros do Centro de Prudentópolis teve um dia agitado nesta semana. Nessa terça (10) quem chegou lá, após aterrissar no aeroporto de Guarapuava, foi Luciano Huck.
De acordo com o pastor da Igreja Batista, Vitalii Arshulik, a pauta vai mostrar o que as igrejas evangélicas têm feito no Paraná, para ajudar as famílias refugiadas da guerra entre Rússia e Ucrânia. “Nós estamos chamando a imprensa para ver o trabalho”.
Em Prudentópolis, conforme disse o Pastor Vitalii ao Portal RSN, o programa que vai ao ar no dia 29 de maio, vai mostrar o cotidiano das oito famílias abrigadas pela Igreja Batista. São 27 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos.
Entre as atividades, a culinária típica brasileira foi posta à mesa junto com pratos típicos ucranianos. Um deles, o ‘golubtsi’, ou sopa, mas que se assemelha ao ‘charuto de repolho’ esteve à mesa.
De acordo com o Pastor, a produção do programa permaneceu na cidade por três dias, mas Huck ficou apenas um. “Tudo foi feito no anonimato. A produção pediu que houvesse esse sigilo”.
Entretanto, após as gravações, as famílias refugiadas estão convivendo com várias atividades oficiais. Nesta quarta (11) às 15h, o prefeito Osnei Stadler (DEM) recebeu o Embaixador interino da Ucrânia, Anatoliy Tkach. Junto estava Vitório Sorotiuk, presidente da Representação Ucraniana do Brasil, o cônsul honorário Mariano Tchaikouski e o vice-prefeito Evaldo . Finalmente, assistirão missa e participarão de coquetel.
EM GUARAPUAVA
Entretanto, o contato do Embaixador com os ucranianos ocorre em outra agenda em Guarapuava. É que nesta quinta (12) às 18h, cinco embaixadas estarão representadas num encontro na Comunidade Vida.
Conforme informações da Assessoria de Comunicação da Embaixada dos Estados Unidos, estarão os embaixadores interinos dos Estados Unidos, Reino Unido, Comunidade Europeia e a embaixadora do Canadá. Todos vão falar sobre o apoio que cada país está dando nesse processo de acolhida. No público, estarão as 65 famílias ucranianas recepcionadas em Guarapuava e em Prudentópolis.
A VINDA AO BRASIL
O processo de acolhida dos refugiados ucranianos no Brasil passa por três etapas. De acordo com o Pastor Vitalii, o começo é na fronteira da Ucrânia. Lá várias igrejas evangélicas estão reunidas para prestar auxílio. “Elas [famílias] ficam lá por duas a três semanas”. Depois, pegam um avião e desembarcam na Polônia rumo ao Brasil.
Essa operação, de acordo com o Pastor Vitalii é liderada pelo Pastor Elias Dantas. Ele é fundador e coordenador internacional da Global Kingdom Partnerships Network, uma rede de pastores e líderes cristãos chave, que encabeçam igrejas em todos os continentes do mundo.
De acordo com Vitalii, quando as famílias chegam ao destino, as igrejas as acolhem. “Somos responsáveis por todas as despesas com aluguel, comida, roupas, dessas famílias, durante um ano”. Na sede, por exemplo, 10 crianças com idade entre 3 e 14 anos, na segunda (16) começam a frequentar o Colégio Imaculada. “Esse colégio é uma benção”.
Conforme o Pastor, o município dá assistência nas áreas de saúde e educação. Por fim, quando vencer um ano de estadia, as famílias podem optar entre voltar à Ucrânia ou permanecer no Brasil. Sempre com o apoio das igrejas evangélicas, seja qual for a situação escolhida.
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