22/08/2023
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Medicina da Unicentro vai atender na Penitenciária Industrial de Guarapuava

O atendimento inicia já em agosto e deve ocorrer semanalmente. O foco é atender todos os detentos e não apenas casos de necessidade

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O foco é atender todos os detentos e não apenas em caso de necessidade (Foto: Arquivo/Portal RSN)

Acadêmicos, residentes e docentes do Departamento de Medicina da Unicentro devem passar a prestar atendimento médico-ambulatorial na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG). A iniciativa faz parte de um convênio firmado entre o Departamento Penitenciário e a universidade.

Dessa forma, o atendimento inicia já em agosto e deve ocorrer semanalmente. Conforme o chefe do Departamento de Medicina, professor David Livingstone Alves Figueiredo, os acadêmicos vão ter aulas práticas de atendimento clínico, com a supervisão docente e de médicos residentes, em um espaço adequado na penitenciária.

A gente sabe, historicamente, do grande problema que eles têm com o atendimento ao encarcerado e, para o curso de Medicina, a gente está em busca do campo de estágio e isso é muito importante.

A ideia, de acordo com o professor, é atender todos os mais de quatrocentos detentos e não apenas os casos de necessidade. Assim, os estudantes devem cadastrar todos eles para identificar patologias. Em contrapartida, os acadêmicos têm acesso à ensino, extensão e pesquisa. “Quando nós visitamos lá, a gente ficou surpreso com a estrutura, eles têm duas salas prontas, consultório, enfermeiro, uma farmácia”.

Conforme o vice-diretor da PIG, Luiz Gustavo Geraldo, a direção da penitenciária vai disponibilizar o espaço ambulatorial, os materiais para os atendimentos e gerenciar a agenda de consultas e assistências. Para ele, a parceria vai suprir uma demanda de atendimento médico dentro da unidade, o que deve contribuir na logística da penitenciária.

Isso porque, atualmente, a PIG não conta com um médico no quadro de servidores e os atendimentos de saúde ocorrem na Unidade de Pronto Atendimento da Primavera ou em outros órgãos do município. “Esse modelo de atendimento fora da unidade gera bastante transtorno, porque você tem que deslocar o preso e servidores para que esse atendimento ocorra”.

Então, vai ter uma economia de recursos, vai ter mais segurança para os servidores da unidade e para a cidade de Guarapuava. É uma necessidade muito grande do sistema penal de Guarapuava a presença de médicos no interior da nossa unidade.

Para o chefe do Departamento de Medicina da Unicentro, a importância desta ação está não só na formação profissional dos acadêmicos, mas principalmente na formação humana deles. “Esse é um papel da universidade, fazer a assistência à comunidade”. Além disso, para ele, “o papel do médico é ir onde o paciente precisa”.

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Antunes

Jornalista

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