22/08/2023


Cotidiano Saúde

Elis precisa de ajuda para fazer tratamento contra Leucemia

A paranaense de quatro anos mora na Espanha e não pode voltar para o Brasil por causa da baixa imunidade. O país não oferece o tratamento

Elis precisa de ajuda para fazer tratamento contra Leucemia (Foto: Arquivo pessoal)

Depois de uma forte dor de garganta, comum entre crianças, a família de Elis, uma menininha de quatro anos, não sabia que a vida deles iria mudar drasticamente em pouco tempo. Aproximadamente 10 dias após curar esse problema, ela ainda continuava muito pálida, o que gerou um alerta entre os pais.

Em um primeiro momento, Izabella Moro e o marido Rodrigo, pais de Elis, acreditavam que ela poderia ter uma anemia, porque havia ficado dias sem comer direito. Na consulta, a pediatra pediu um exame de sangue. No mesmo dia, o laboratório ligou, pedindo que a família fosse urgentemente até o hospital infantil para refazer o exame.

No hospital, no dia 27 de julho, o exame foi refeito. Horas depois, os pais receberam com choque a suspeita. Elis estava com muita anemia e uma baixa contagem de plaquetas. Em pouco tempo, menos de 24 horas depois, a confirmação do diagnóstico: a menininha de quatro anos estava com Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA).

De acordo com a mãe, Elis iniciou a quimioterapia no mesmo dia do diagnóstico e ficou no hospital por 30 dias na primeira fase do tratamento. Ela fez a quimioterapia intravenal, intramuscular e na medula e uma cirurgia para a colocada de um cateter. Agora, conforme a mãe, as próximas fases “serão de vai e vem no hospital” e deve durar dois anos.

DISTÂNCIA E AJUDA

(Foto: Arquivo pessoal)

Além da surpresa do diagnóstico, os pais se viram imersos em uma nova realidade, tudo mudaria. “Foi um baque muito grande, pois eu [Izabella] e a minha família estávamos vivendo uma realidade e tivemos que nos adaptar totalmente a essa nova realidade”.

A partir daquele momento, os pais precisariam dedicar 100% do tempo para Elis. Mesmo assim, ainda necessitariam de ajuda. Mas se depararam com um novo problema. Eles mudaram de Londrina para a Europa depois que o pai conseguiu um emprego. Portanto, estavam longe da rede de apoio.

Em Málaga, na Espanha, desde maio de 2023, eles tiveram que mudar os planos. Depois do diagnóstico, não puderam voltar ao Brasil, já que Elis ficou debilitada, com baixa imunidade e a longa viagem poderia trazer complicações. Rodrigo precisou pedir afastamento do trabalho para ajudar nos cuidados à Elis.

Nós estamos longe da nossa família no Brasil. Não temos ninguém que possa nos socorrer de imediato. Só eu e meu marido. Nós dois tivemos que abrir mão de todo nosso trabalho.

O tratamento que Elis enfrenta precisa de cuidados intensos, por isso, a dedicação é em tempo integral. Além disso, os pais necessitam pagar por ele, já que o país não oferece de forma gratuita. Mas sem ter como trabalhar, eles estão buscando formas para custear os dois anos de idas ao hospital e de medicamentos.

Em casa, Elis faz uso de antibiótico, antimicótico, corticoide, remédio para o estômago e pressão arterial, todos de uso contínuo e regular. Ao todo, são intercalados oitos medicamentos de via oral. Ela passou por exames de sangue e punção medular periódicos, que mostraram que ela está reagindo bem ao tratamento. “Os resultados estão dentro do esperado para o final da primeira fase”.

VAKINHA ON-LINE

Todo o tratamento vai custar em torno de € 90 mil (euros), ou seja, o equivalente a R$ 500 mil. Como estão sem renda e não podem voltar ao Brasil, os pais precisam de ajuda para custear os inúmeros gastos. “Qualquer valor será muito bem-vindo e totalmente investido em busca da cura de Elis”.

Os interessados em ajudar, podem doar diretamente na Vakinha On-line que a família criou. A campanha ‘Juntos pela Cura da Elis’ já teve 369 apoiadores e arrecadou pouco mais de R$ 25 mil. Além disso, é possível enviar qualquer valor diretamente para a conta da mãe de Elis, por meio do Pix (e-mail) izacrmoro@gmail.com (Conta C6 Bank).

O valor arrecadado pela Vakinha fica disponível a todo momento. Além disso, Izabella também presta contas do montante recebido por meio do Pix, ao final da descrição da campanha, no mesmo link.

DIA A DIA DO TRATAMENTO

(Foto: Arquivo pessoal)

A Leucemia Linfóide Aguda é um tipo de câncer do sangue e da medula óssea que afeta os glóbulos brancos e também é o mais comum na infância. Ele ocorre quando uma célula de medula óssea desenvolve erros no DNA. Dessa forma, os sintomas podem incluir aumento dos gânglios linfáticos, hematomas, febre, dor óssea, sangramento da gengiva e infecções frequentes.

No caso de Elis, ela não apresentou sintomas prévios, o que dificultou para que os pais percebessem algo antes do diagnóstico. Por isso, a mãe, que já compartilhava mensagens de apoio para outras mães, que serviam de colo para ela também, se deparou com mais essa adversidade da maternidade.

Quero muito trazer conteúdos sobre a Leucemia e como é o tratamento, pois o diagnóstico para nós foi muito inusitado, ela não apresentava sintomas prévios. Quero que nossa história sirva de alerta para outros pais e que assim como nós, tenham um diagnóstico cedo.

Izabella Moro compartilha o dia a dia de idas e vindas ao hospital pelo perfil dela no Instagram. Ela mostra as aflições e angústias que as incertezas trazem, mas também a força de Elis que “simplesmente vive, todos os dias. Dentro do hospital ou lá fora, ela é a mesma criança, que ama viver e não perde tempo de fazer isso”.

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Antunes

Jornalista

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