Entre a experiência e a saudade: uma jovem morando em Barcelona

Midiã (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Mudar-se para outro país é o sonho de muitas pessoas, mas para Midiã Meira, essa aspiração tornou-se realidade há cerca de dois anos e meio. Ela saiu do Brasil em busca de uma vida melhor e conta sobre a experiência de adaptação na cidade espanhola de Barcelona.

Conforme a jovem, sempre foi um sonho dela e do marido mudar para outro país, mas nunca haviam conversado muito sobre o assunto e nem planejado para que isso se tornasse realidade. Foi somente em 2020, quando a pandemia atingiu o mundo e a situação política no Brasil estava insatisfatória, que eles decidiram tomar a decisão ousada de mudar de vida.

O marido, já com uma carreira profissional consolidada no Brasil, desempenhou um papel fundamental na realização desse sonho. Ele dedicou meses em busca de oportunidades de emprego em diversos países, e no final de 2020, finalmente recebeu uma proposta de emprego que viabilizaria a mudança.

No início, o maior impacto foi com os preços dos alimentos no supermercado, pois tínhamos o costume de converter tudo para o real. Comer fora de casa é muito mais caro do que comprar coisas no supermercado, mas, em geral, o custo de vida aqui é melhor do que no Brasil.

Ela acrescentou que a diferença mais notável é a flexibilidade das empresas em relação à conciliação entre trabalho e vida pessoal, bem como a atitude dos pais em relação ao cuidado com os filhos. “Aqui, os pais levam as crianças para todo lugar, até mesmo em bares. As empresas são muito mais flexíveis nesse sentido, e a sobrecarga das mulheres é menor em comparação com o Brasil.”

MUDANÇAS TAMBÉM NO COTIDIANO

Midiã (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O clima também foi uma adaptação interessante. Embora a temperatura seja semelhante à sua cidade natal no Paraná, ela observa que é mais seco em Barcelona, com verões escaldantes e invernos agradáveis, mas mais curtos. Uma das maiores diferenças culturais que a jovem notou foi a culinária espanhola, que é muito diferente da comida brasileira. “Eu particularmente não sou muito fã”. No entanto, ela aprecia a diversidade de opções de restaurantes com pratos do mundo todo na cidade.

Minha adaptação foi tranquila, e eu não sofri nenhum tipo de xenofobia. No entanto, acredito que se minha cor de pele fosse diferente, minha experiência poderia ter sido bem diferente.

Em relação às amizades, a jovem explica que tem sido uma experiência solitária. “Morar aqui há 2 anos e meio e não fazer nenhum amigo até agora é a pior parte. Sinto muita falta da minha família e dos meus amigos.”

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