22/08/2023


Cotidiano Guarapuava Saúde

Campanha Setembro Verde sensibiliza para a doação de órgãos

A taxa de efetividade de doação de órgãos caiu no Hospital São Vicente. Hoje, mais de 3.500 mil pessoas aguardam um transplante no Paraná

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Campanha Setembro Verde sensibiliza para a doação de órgãos (Arte: Divulgação/Hospital São Vicente)

A Campanha Setembro Verde busca conscientizar e reforçar a importância da doação de órgãos. O assunto pode ser tabu para muitas pessoas, por isso, iniciativas que visam a sensibilização para o tema são fundamentais. Todos os anos, o Hospital São Vicente (HSV) adere à campanha e planeja ações de divulgação.

Falar sobre a doação de órgãos é muito importante! Um simples gesto salva muitas vidas.

Em 2022, o HSV fez 20 cirurgias de doação de órgãos. Das 23 famílias abordadas, apenas três recusaram a doação. Até junho de 2023, 23 pacientes estavam aptos a serem doadores, sendo que apenas 11 foram efetivados.

Sendo assim, a taxa de efetividade das doações de órgãos que era de 87% em 2022 caiu para 57% no primeiro semestre de 2023. Hoje, cerca de 3.503 pessoas estão na fila aguardando um transplante no Paraná, conforme dados do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR).

O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo. Dessa forma, os receptores recebem assistência integral gratuita, incluindo os exames preparatórios, a cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

COMO FUNCIONA

Apenas um ‘sim’ pode salvar a vida de até oito pessoas quando se trata da doação de órgãos. Contudo, no caso de pessoas falecidas, cabe à família a decisão final. É possível doar rins, coração, pulmões, pâncreas, fígado, intestino e tecidos como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Os potenciais doadores são pessoas com quadro de morte encefálica, ou seja, que tiveram interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro. O quadro é irreversível e definitivo. Para constatar a morte encefálica, são feitos exames e, ao ser comprovada, o processo continua.

Após os exames, a família é contatada para autorizar ou não a doação. Em caso positivo, a Central de Transplantes do Estado deve encontrar os receptores mais compatíveis com o doador. Assim, nem a família doadora nem a receptora sabem os nomes um do outro, todo o processo é sigiloso.

DOAÇÃO EM VIDA

Também há possibilidade da doação em vida. É possível doar um dos rins e parte do fígado, medula e pulmões. Para isso, o doador deve ser maior de idade. No caso de doação entre familiares, não é necessário nenhum tipo de autorização. Contudo, no caso de pessoas não aparentadas, é necessário autorização judicial.

Por fim, confira uma entrevista do Portal RSN sobre como funciona o processo de doação de órgãos em Guarapuava.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Antunes

Jornalista

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