A transição para a nova administração municipal em Guarapuava começa nessa terça (5). De acordo coordenador da equipe de transição da nova gestão, Thiago Pfann, ele, o prefeito Celso Góes e a secretária de Administração, Karolini Tokarski se reuniram nessa quarta (31) para essa definição. Essa etapa inicial, entretanto, é crucial, mas levanta questões complexas sobre os desafios políticos e administrativos envolvidos.
Uma transição eficaz deve seguir princípios fundamentais da administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Isso implica que tanto o prefeito em exercício quanto o eleito precisam agir de acordo com o ordenamento jurídico. Sempre priorizando o bem-estar da população acima de interesses pessoais ou políticos. Contudo, essa tarefa é longe de ser simples.
Historicamente, observa-se que, a cada nova gestão, prefeitos encontram um cenário desolador: dados cruciais ocultados, equipamentos deteriorados, recursos financeiros escassos. Esse cenário, muitas vezes, se alimenta de um clima de revanchismo, onde a troca de administração se transforma em um jogo de forças, prejudicando a população. O novo prefeito, portanto, nesses casos, inicia o mandato sem um mapa claro de como proceder, o que pode comprometer o cumprimento de promessas de campanha.
HAJA COMPETÊNCIA!
No atual contexto político de Guarapuava, marcado por uma eleição acirrada, onde a diferença foi de apenas 61 votos e o atual prefeito ficou em terceiro lugar, a necessidade de uma transição democrática é ainda mais evidente. A equipe do prefeito eleito, Denilson Baitala, deve sair dessa transição com informações e subsídios que facilitem a implementação de políticas públicas. Contudo, é preocupante que não haja um plano claro ou debate público sobre os projetos que serão priorizados. Baitala, nas declarações durante a campanha, afirmou que vai governar para os mais necessitados. No entanto, nenhum ‘norte’ foi apontado. Mas isso deve ser traduzido em ações concretas que abordem moradia, emprego, saúde, educação e outras políticas públicas.
Portanto, para subsidiá-lo, a formação de uma equipe de transição competente é essencial. Do lado da atual gestão, os profissionais,devem se debruçar sobre as informações necessárias. Do outro, os membros devem ser capazes de interpretar relatórios e documentos coletados. Isso vai passar desde a recomendação de ações para os problemas eventualmente detectados, como também, orientação para a continuidade das políticas públicas em execução ou pendentes de serem implementadas.
CONSCIENTIZAÇÃO COLETIVA
Ou seja, essa equipe deve reunir informações que possibilitem um planejamento eficiente da administração, alinhado às promessas feitas durante a campanha. Ao mesmo tempo, a população deve se organizar e exigir transparência e responsabilidade dos governantes. Vale lembrar que, em uma democracia representativa, o verdadeiro poder reside nas mãos dos cidadãos. A conscientização coletiva sobre esse papel é fundamental para fortalecer a democracia e garantir que as promessas se concretizem em ações efetivas. Será que estamos prontos para assumir esse desafio? Mas sabe aquela frase que diz que “ajoelhou tem que rezar”? Então, bora lá, aprender a oração!
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