A ampliação do aeroporto de Ponta Grossa ganhou destaque nesta quarta (12) com a parceria firmada entre a Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG) e a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seil). Uma reunião levou diretores da Associação, deputados e empresários até a capital paranaense. O deputado Fabio Oliveira (Podemos), estava lá. Motivada pelo cancelamento dos voos da Azul em Ponta Grossa, a união de forças conseguiu o objetivo. Ou seja, uma parceria com o Governo do Paraná, para elaboração de estudos e projetos para a ampliação do aeroporto e das operações aéreas. É o primeiro e principal passo para a retomada dos voos.
No entanto, a realidade do transporte aéreo regional ainda enfrenta desafios. Cito como exemplo o cancelamento recente de voos entre Guarapuava e Campinas, e em Ponta Grossa também, evidenciando a fragilidade da conectividade aérea no estado. Guarapuava é polo da Região Centro-Sul, com destaque nacional na produção agrícola, entre outras potencialidades. Posso citar a área empresarial, de saúde, de educação, inovação e tecnologia. E a infraestrutura aérea é de fundamental importância para atrair novos investimentos. E a classe empresarial sabe muito disso. Tanto é que é a grande responsável por reformas no Aeroporto, permitindo a viabilidade do voo atual.
FALTA FORÇA POLÍTICA
Apesar dos esforços iniciais, no entanto, o debate sobre a ampliação e sinalização do aeroporto de Guarapuava, até onde houve informações à imprensa, tem se limitado à Prefeitura e à Acig. Não se tem informações sobre uma articulação ampla com outras entidades, com a iniciativa privada, com os deputados eleitos pelo guarapuavano. Essa falta de força política e de engajamento fora do círculo local cria uma bolha que impede avanços mais significativos. Aliás, esse é um problema que Guarapuava enfrenta há anos.
Para que projetos como este se concretizem, é fundamental mobilizar articulações políticas robustas, envolvendo não apenas o poder público, mas também a Câmara de Vereadores, parlamentares, cooperativas, etc, etc. Sem essa união, a melhoria da infraestrutura e os voos regionais correm o risco de permanecer apenas até Curitiba, como ocorre atualmente. E esse é um problema que também compete ao Governo do Estado. Isso porque o Paraná vem perdendo oportunidades de desenvolvimento econômico e integração regional.
EM TEMPO
Vale lembrar que o Governo do Paraná é o maior incentivador de voos regionais do país, estabelecendo redução de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no combustível da aviação em todas as cidades. Inclusive em Guarapuava e Ponta Grossa.
Leia outras notícias no Portal RSN.