22/08/2023
Economia

Segundo Caged, Guarapuava despencou em dois rankings no emprego formal

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O Caged apontou que Guarapuava teve queda em dois rankings no Paraná. O primeiro foi referente ao mês de dezembro denominado ranking de emprego formal mensal, onde a cidade caiu do 12º o 39º lugar. O outro foi referente à evolução do emprego formal anual por município.

Mesmo com o acirramento da crise econômica mundial, o Brasil criou, em 2011, 1.944.560 postos de trabalho celetistas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), apontam um crescimento de 5,41% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O resultado foi o segundo melhor da série histórica do CAGED, menor apenas que o de 2010, quando foram criados 2.543.177 postos.

A série contém informações ajustadas, ou seja, acrescidas de declarações fora do prazo, até novembro de 2011. O ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, considera que, para 2012, a expectativa em relação à geração de empregos no mercado de trabalho formal é bastante favorável. Segundo ele, deverá haver um incremento em torno de dois milhões de empregos formais celetistas ao final do ano.

O ministro explicou que o cenário positivo se dará, em parte, pelo conjunto de ações que vem sendo implementadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego com o objetivo de estimular a geração de emprego e renda. Entre essas ações, ele destacou o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger) que, mediante a disponibilização de linhas de crédito às empresas, contribui para a redução do trabalho informal e democratização do crédito, com taxas de juros inferiores àquelas praticadas pelo mercado de crédito brasileiro; a continuidade das aplicações de recursos do FGTS, por meio dos financiamentos tradicionais e das operações de mercado; e o reajuste dos valores de avaliação de imóveis e renda familiar bruta mensal para fins de enquadramento nos programas habitacionais, em especial no Programa Minha Casa, Minha Vida.

As informações por setor de atividade econômica mostram expansão generalizada do emprego. No setor de Serviços, teve o segundo maior saldo para o período, com a criação de 925.537 postos (6,43%). No Comércio foram gerados 452.077 postos (5,61%), na Construção Civil 222.897 postos (8,78%), e na Indústria de Transformação 215.472 postos (2,69%). A Agricultura obteve o melhor resultado desde 2005, com a criação de 82.506 postos (5,54%), na área Extrativa Mineral foram gerados 19.510 postos (10,33%), saldo recorde para o período, Administração Pública foram registrados mais 17.066 postos (1,90%) e no setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública houve a criação de 9.495 vagas (2,48%). A análise dos dados segundo o recorte geográfico também revela a expansão do emprego em todas as grandes regiões e Unidades da Federação. Com relação às grandes Regiões, os resultados foram: Sudeste (1.000.365 postos, terceiro maior saldo, com dois estados apresentando o segundo melhor desempenho); Nordeste (329.565 postos, segundo melhor resultado, com um estado apontando recorde e três o segundo maior saldo); Sul (328.608 postos, terceiro maior saldo para o período); Centro-Oeste (+154.593 postos, segundo melhor desempenho, com um estado registrando o segundo melhor saldo) e Norte (131.429 postos, segundo melhor resultado, com dois estados exibindo recordes e um o segundo maior saldo).

Os estados que mais geraram empregos em 2011 foram São Paulo, com 551.771 novos postos (4,77%); Minas Gerais, 206.402 postos (5,42%), o segundo maior saldo para o período; Rio de Janeiro, com 202.495 postos (5,95%), também o segundo melhor resultado para o período; Paraná, 123.916 postos (5,20%) e Rio Grande do Sul, com a criação de122.286 (5,15%). Foram registrados desempenhos recordes no Amazonas, com 45.186 postos (11,47%); Alagoas, 20.050 postos (5,91%) e Amapá, que gerou mais 7.256 postos (11,90%). Os estados de Pernambuco, com 89.607 novas vagas (7,62%); Goiás, 68.053 postos (6,77%); Pará, 51.493 postos (8,04%); Paraíba, 20.273 postos (6,13%) e Sergipe, mais 19.213 postos (7,38%), também tiveram segundo melhor resultado desde 2003. No conjunto das nove Áreas Metropolitanas houve crescimento de 5,26% em 2011, com a geração de 792.048 postos de trabalho. O resultado é oriundo da expansão generalizada do emprego, com três regiões metropolitanas revelando o segundo maior saldo desde 2003. As Áreas Metropolitanas que mais se destacaram, em termos absolutos foram São Paulo, com 292.940 novas vagas (4,73%); Rio de Janeiro, que teve 142.125 novos postos (5,49%); Belo Horizonte, com 88.217 (5,95%). Em Recife foram gerados 66.021 empregos com carteira assinada (8,29%), a maior taxa de crescimento dentre as nove regiões metropolitanas.
Dezembro

Devido a fatores sazonais (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano, fatores climáticos) que afetam quase todos os setores e subsetores, o nível de emprego em dezembro de 2011 foi negativo. No total, houve redução de 408.172 postos de trabalho, representando uma queda de 1,08%, em relação ao estoque de dezembro de 2010. O resultado é muito próximo do ocorrido em 2010, quando houve uma redução de 407.510 postos (-1,12%). O número de admissões em dezembro foi de 1.305.051 e o de desligamentos foi de 1.713.223, nos dois casos, os maiores registrados para o mês. A análise setorial mostra que, dentre os 25 subsetores, somente três elevaram o nível de emprego: Instituições Financeiras, com 1.855 postos (0,28%); Serviços Médicos e Odontológicos, com 1.370 postos (0,09%) e Extrativa Mineral, com mais 64 postos (0,03%). As maiores quedas do emprego ocorreram na Indústria de Transformação que, mesmo com redução de 146.004 postos (-1,75%), teve a menor queda no mês, desde dezembro de 2007. Em Serviços, a queda foi de 84.096 postos (-0,05%); na Construção Civil, a redução foi de 77.479 postos (-2,80%) e na Agricultura a diminuição foi de74.082 postos (- 4,59%), a menor queda para o mês, desde dezembro de 2003.
A região Sul contribuiu com a abertura de 328.608 postos de trabalho celetistas em 2011, equivalentes ao terceiro maior saldo para o período segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O maior número de vagas foi registrado no estado do Paraná, sendo abertas 123.916 nos doze meses do ano e alta de 5,20%. Os setores de atividade que mais contribuíram para esta expansão foram os Serviços (51.557 postos), o Comércio (33.269 postos), a Indústria de Transformação (23.810 postos), e a Construção Civil (10.656 postos). O Rio Grande do Sul abriu 122.286 postos (5,15%). Tal expansão deveu-se principalmente ao crescimento do emprego nos setores de Serviços (54.562 postos), do Comércio (32.736 postos), da Indústria de Transformação (21.411 postos), e da Construção Civil (11.530 postos). Em Santa Catarina foram criados 82.406 empregos celetistas em 2011. A expansão foi verificada, principalmente, nos setores de Serviços (36.306 postos), do Comércio (21.514 postos), da Indústria de Transformação (13.367 postos), e da Construção Civil (8.878 postos). Por outro lado, devido a fatores sazonais (entressafra agrícola, férias escolares, período de chuvas, esgotamento da bolha de consumo no final do ano), verificou-se declínio de 1,35% no nível de emprego ou -34.186 postos de trabalho no Paraná em dezembro No Rio Grande do Sul, também devido a sazonalidade do período, verificou-se declínio de 0,91% no nível de emprego ou -22.718 postos de trabalho; seguido por Santa Catarina, com retração de 25.240 postos (-1,37%). Também devido a sazonalidade, Santa Catarina contabilizou declínio de 1,37% no nível de emprego ou -25.240 postos de trabalho.

Guarapuava

O Caged apontou que Guarapuava teve queda em dois rankings entre as 53 cidades do PR com mais de 30.000 habitantes, sendo um ranking mensal e outro anual. O primeiro ranking foi referente ao mês de dezembro denominado ranking de emprego formal mensal, onde a cidade caiu do 12º lugar que havia ficado em novembro somando saldo de 224 empregos, despencando para o 39º lugar em dezembro, perdendo 27 posições e ficando com saldo negativo de -336 empregos, onde houveram 942 admissões contra 1.278 demissões e consequentemente a cidade acabou perdendo em 30 dias, 112 empregos. Esse foi o 2º pior mês de dezembro que Guarapuava obteve desde 2003, quando naquele ano o Caged começou a disponibilizar o saldo de empregos formais mensais e anuais para consultas online no site do Ministério do Trabalho, sendo superado apenas pelo mês de dezembro de 2008, onde na época a cidade havia ficado com saldo negativo de -456 empregos. Todos os setores analisados pelo Caged em dezembro de 2011, tiveram saldo negativo. O setor de comércio ficou com saldo negativo de -97 empregos, indústria de transformação com saldo negativo de -96, serviços com saldo negativo de -66, construção civil com saldo negativo de -38, agropecuária obteve saldo negativo de -36.
Outro ranking que Guarapuava despencou, foi ao referente a evolução do emprego formal anual por município. Em 2010, a cidade havia ficado em 11º lugar com saldo de 2.297 empregos, onde só a cidade de Toledo havia ficado uma posição na frente de Guarapuava, entre as cidades consideradas menores em termos de população do que Guarapuava. Em 2011 (12 meses após), Guarapuava caiu para o 19º lugar, perdendo 8 posiçoes, gerando saldo de 1.125 empregos, ou seja, em 12 meses, a cidade perdeu 1.172 empregos, porém surgem várias outras cidades menores que ficaram a frente de Guarapuava como Medianeira (12º lugar e saldo de 1.601 empregos), Francisco Beltrão (13º lugar e saldo de 1.581 empregos), Arapongas (14º lugar e saldo de 1.559 empregos), Paranavaí (15º lugar e saldo de 1.517 empregos), Campo Mourão (16º lugar e saldo de 1.414 empregos) e Pato Branco (18º lugar e saldo de 1.253 empregos). Entre alguns setores que em 2010 foram destaque foi o setor da construção civil que havia gerado 819 empregos, sendo naquele ano o setor que mais contratou pessoas em Guarapuava e após 12 meses foi o que mais demitiu, obtendo saldo negativo de -132 empregos. Foram 2.443 admissões contra 2.575 demissões. Por sua vez, o setor de serviços, encerrou 2011, com o setor de melhor saldo em Guarapuava, gerando 645 postos de trabalho. Entre algumas cidades da região que mais geraram emprego em 2011 foram: Irati com saldo de 668 empregos, Prudentópolis com saldo de 370 empregos, Pitanga com saldo de 154 empregos e Laranjeiras do Sul com saldo de 152 empregos

Cristina Esteche

Jornalista

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