Dia Internacional da Mulher – “Nenhum sucesso compensa o fracasso de uma família”

Pinhão – A engenheira civil Juliana Lopes Enevan Ribeiro (foto), 33 anos, é casada, mãe de dois filhos, coordenadora da catequese da igreja Matriz Divino Espírito Santo, e integrante do Conselho da Mulher Empresária. Uma mulher moderna, dinâmica, mas que acima de tudo se preocupa com o bem estar da família.
Juliana é natural de Ponta Grossa e veio morar em Pinhão em 1997 quando surgiu uma proposta para trabalhar em uma construtora. Não conhecia ninguém e se surpreendeu com o jeito acolhedor do povo pinhãoense. “Aqui aprendi a tomar chimarrão e a cumprimentar todas as pessoas, mesmo aquelas que não conheço, acho isso fantástico”.
Em Pinhão, ela conheceu Cícero com quem se casou em 2000 e logo vieram os filhos, Cícero de oito anos e Eduardo, sete anos. Sem nunca deixar de exercer sua profissão, desde 2005 ela trabalha como engenheira civil da Prefeitura Municipal.
Sua rotina do dia-a-dia começa cedo por volta das 7 horas, nesse horário o marido já saiu para o trabalho, ele transporta estudantes para Guarapuava. Os filhos ainda dormem, já que estudam no período da tarde. Para ajudar nas tarefas domésticas ela conta com a ajuda da empregada Mara.
A família se encontra no almoço e à tarde a rotina continua. “Gostamos de almoçar todos juntos, e também no café da tarde, às 18 horas, é o momento onde a gente conversa sobre o dia de cada um. Acho importante a família ter esse tempo”, ressalta. É também no final da tarde que aproveitam para fazer alguma atividade em família como andar de bicicleta, caminhar ou visitar os amigos.
Para Juliana, a mulher é um ser dinâmico. “A mulher tem essa particularidade, ela consegue fazer muitas coisas, desempenhar várias tarefas dando atenção a tudo”, disse.
Mesmo na correria do dia-a-dia, Juliana não deixa de curtir os filhos. “Gosto de estar com eles. Todo dia vejo as tarefas, ajudo-os, e também procuro ajudar no trabalho do Cícero”. Ela também acha tempo para reuniões e encontros. “Sempre dou um jeitinho de participar das reuniões do Conselho da Mulher, porque acredito que estou ajudando no desenvolvimento do Pinhão”, afirma.
Para ela o melhor em ser mulher está no ato de gerar a vida. “Não tem nada melhor do que ser mãe, isso compensa todos os sacrifícios. O sorriso de um filho não tem preço”.
Mesmo assim, Juliana acredita que a mulher deve ter uma profissão. “A mulher tem que trabalhar para ter a sua independência, mas não deve se apegar somente a isso, nenhum sucesso compensa a falta de uma família”.
Para ela, a mulher não precisa se esforçar para ser melhor que o homem. “Ninguém é melhor que ninguém, homem e mulher precisam um do outro, e eu acredito que lado a lado, ambos saem ganhando. A mulher deve buscar seus direitos e merece ser respeitada, como qualquer ser humano”, disse Juliana.
Outra particularidade na vida dessa mulher é a paixão por aventuras. Nas horas de folga, ela dispensa a televisão e curte uma boa roda de amigos com muita conversa e um bom chimarrão. “Não gosto de ficar sozinha, gosto de estar rodeada de amigos, com a casa cheia”. Ela e a família, são apaixonados por motos. “Gostamos de pegar a estrada com as motos, pelo menos uma vez por mês procuramos motos encontros. O que mais gosto é conhecer lugares diferentes e fazer amizades”.
A viagem mais longa que fez, foi de 7 mil quilômetros onde percorreu a Argentina, Chile e Paraguai em 17 dias. A última viagem foi em dezembro de 2008, ela e toda a família visitaram Machu Pichu , na Bolívia. “Gosto dessas aventuras, da sensação de liberdade, de ver coisas diferentes”, afirma.
Juliana disse que se considera uma mulher realizada tanto profissionalmente como na vida pessoal. “Sou feliz com a minha vida, tenho uma profissão, um bom companheiro, dois filhos lindos e muitos amigos. Eu tento viver plenamente o hoje, e entrego o amanhã a Deus”.
Para ela o segredo para associar carreira e família, está no amor. “A mulher tem muito potencial, e dá para fazer as duas coisas, basta fazer tudo com muito amor e carinho, saber dosar as coisas, ter hora para trabalhar e hora para estar com a família”.
Fonte:Fatos do Iguaçu