Unicentro lança curtas mostrando o perfil ambiental de Guarapuava

Guarapuava está mal quando o assunto é a preservação do meio ambiente. Esta foi a conclusão do trabalho realizado durante um ano por um grupo de 10 professores da Unicentro (Universidade Estadual do Centro Oeste) e que resultou num video documentário e num livro. A pré estréia será às 19h30 desta sexta-feira, dia 13, no Cine Unicentro.

“O ambiente é o meio: diversos olhares sobre a óptica da Educação Ambiental” é resultado de um projeto apresentado pela bióloga Adriana Massaê Katoka, do Departamento de Biologia da Universidade, com patrocínio de R$ 30 mil do Ministério da Educação. A produção é do cineasta carioca, premiado em curta metragem, Cristian Cazeli.

A conclusão, porém, mostra a falta de uma política eficiente voltada ao meio ambiente. “Temos uma série de problemas. Os rios estão com as margens e os entornos degrados; há muitos terrenos baldios na área urbana que se transformaram em depósitos de lixo; há urgência de educação ambiental para a população; as áreas de lazer que estão conservadas são restritas a poucos como, por exemplo, o Parque São Francisco que a Prefeitura preserva, mas fica muito longe do acesso do povo; os parques Jordão e das Araucárias estão praticamente abandonados”, resume o geógrafo Mauricio Camargo.

Distribuído em 04 episódios entre 10 e 15 minutos cada, os vídeos mostram a geografia física de Guarapuava, o embasamento geológico, a paisagem, como se comporta a população perante o crescimento, a partir de uma abordagem popular, de fácil entendimento. “É um retrato do que temos de riquezas naturais num contraponto com os problemas fundiários, com a devastação, com a dificuldade que as pessoas tem em assimilar tudo isso”, antecipa Camargo.

O trabalho teve como base em oficinas que envolveram mais de 100 professores da rede municipal, estadual e particular de ensino. Foram feitas mais mil cópias do vídeo e do livro virtual que serão distribuídas às escolas do ensino fundamental e médio. “A Universidade entende que precisa dividir o conhecimento com a comunidade”, observa Mauricio.