22/08/2023
Segurança

Interceptações de telefonemas foram base para Operação Salvação, do Gaeco

* Por Rogério Thomas

Interceptações de ligações telefônicas foram fundamentais para as investigações desenvolvidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) dentro da Operação Salvação, deflagrada em dezembro de 2013 em Guarapuava. Na época da Operação, o promotor Vitor Hugo de Castro Honesko, coordenador do Gaeco em Guarapuava, disse que houve a constatação deliberada de fraudes em dois procedimentos licitatórios. “Um deles foi a montagem do palco para a Paixão de Cristo, cuja licitação saiu apenas dois meses depois e o outro diz respeito a obras de reformas em prédios públicos do município”. O empreiteiro João Acir, que prestava serviços à Prefeitura e que já foi funcionário da empresa de economia mista, foi preso. Foi ele o responsável pela montagem dos palcos para o espetáculo religioso.

De acordo com o promotor do Gaeco, também na licitação para as reformas foi evidente que “houve conluio” entre servidores municipais e os licitantes que já sabiam que iam ganhar lotes pré determinados.

A investigação que começou em agosto de 2013 resultou no envolvimento de sete pessoas, dos quais os secretários municipais Sandra Zanette (Educação) e Edson Sanches Filho (Obras). Outros três servidores também tiveram mandados de prisões decretados. O vereador Marcio Carneiro (PPS) também foi envolvido nas investigações.

Hoje (09), o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu que a interceptação telefônica que culminou na Operação Salvação, em dezembro de 2013, foi considerada nula.

À Rede Sul de Noticias, o promotor coordenador do Gaeco, Vitor Hugo de Castro Honesko, disse na tarde desta quinta feira (09) que a nulidade das escutas não confere inocência aos acusados. "A escuta telefônica era apenas uma das provas no processo, que continua tramitando. Vamos recorrer da decisão", enfatizou o promotor.

Cristina Esteche

Jornalista

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