22/08/2023
Agronegócio Brasil

Brasil entra em alerta contra avanço de nuvem de gafanhotos

Ministério da Agricultura declarou estado de emergência sanitária. Praga avança pela Argentina rumo ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina

gafanhotos

Brasil entra em alerta contra avanço de nuvem de gafanhotos (Foto: Istok)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu informações sobre uma nuvem de gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata que encontra-se próximo à fronteira com o Brasil. Por conta da ameaça que foi informada pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) o Brasil está em alerta.

Conforme o monitoramento climático que vem sendo feito pelos especialistas argentinos, a praga deve seguir em direção ao Uruguai. Assim, na madrugada desta quinta (25), o Ministério da Agricultura decretou estado de emergência sanitária no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Portanto, considerando a proximidade com a Região fronteiriça do Brasil, o Mapa emitiu alerta para as Superintendências Federais de Agricultura. Os órgãos estaduais de Defesa Agropecuária devem tomar as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da Região. O objetivo é a adoção de medidas de controle da praga caso esta nuvem ingresse em território brasileiro.

De acordo com a Coordenação-Geral de Proteção de Plantas do Mapa, as autoridades fitossanitárias brasileiras estão em permanente contato com os seus pares argentinos, bolivianos e paraguaios. Esse contato se dá por meio do Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal (COSAVE).

A PRAGA

Esta praga está presente no Brasil desde o século XIX e causou grandes perdas às lavouras de arroz na Região Sul do País nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, tem permanecido na fase ‘isolada’ que não causa danos às lavouras, pois não forma as chamadas “nuvens de gafanhotos”. Recentemente, voltou a causar danos à agricultura na América do Sul, na fase gregária (formação de nuvens).

De acordo com esse histórico, os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga na fase mais agressiva na Região estão sendo ainda avaliados pelos especialistas. Porém, podem estar relacionados a uma conjunção de fatores climáticos, como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos.

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Cristina Esteche

Jornalista

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