Mais uma vez a entrega de ilícitos pauta o dia na Cadeia de Guarapuava. Desta vez, a Polícia Civil prendeu duas jovens de 22 e 26 anos depois que enviaram, via Sedex, um pacote de leite em pó com cocaína endereçado à um dos detentos da unidade prisional. De acordo com as informações da Polícia Civil, as duas acusadas e o preso vão responder por tráfico e associação ao tráfico de drogas.
Ainda conforme a Polícia Civil, uma das mulheres é namorada do preso. A outra é prima dele. Os policiais iniciaram uma série de investigações depois que guardas prisionais informaram sobre a tentativa de entrega dos ilícitos. As mulheres foram identificadas e presas.
Desde o início da pandemia e a proibição de visitas nas unidades prisionais, as famílias de detentos recolhidos na cadeia, podem receber as ‘sacolas’ dos familiares via Sedex. Todas as encomendas passam por um rigoroso sistema de fiscalização pelos guardas prisionais da unidade.
(Foto: Ascom/14ª SDP)
Na última quarta (9), um adolescente foi apreendido pela PM quando tentava arremessar drogas e um celular para dentro do cadeião. Ele receberia R$ 800 pelo serviço.
BOMBA RELÓGIO
Não é de hoje que a Cadeia de Guarapuava, anexa à 14ª SDP, se tornou uma bomba relógio na área central de Guarapuava. Uma sequência de fugas e tentativas. E ainda mortes e arremessos de ilícitos têm sido recorrentes. Neste ano, cinco detentos já foram executados dentro da unidade prisional. Uma operação do Gaeco cumpriu mandados de prisão que investigam as execuções dentro da unidade.
Assim, em intervalo de cinco dias, houve duas situações de fuga registradas. Na primeira, guardas prisionais frustraram a fuga. Na outra, dois presos fugiram pelo esgoto. A PM recapturou um deles. E ainda, no dia 6 de julho, 16 detentos fugiram.
Assim, pelo projeto, a unidade prisional fundada em outubro de 1983, deveria abrigar 166 detentos. Mas conforme a chefia da cadeia, o número de presos está em 436. Com estrutura debilitada, os cubículos com quatro camas, abrigam no mínimo sete homens. Desse modo, fotos recentes mostram o problema com infiltrações.
Por isso, em dias de chuva, as galerias ficam encharcadas. E goteiras se formam na laje. Por fim, denúncias de familiares ao Portal RSN, informaram que durante a última chuva forte registrada em agosto, os colchões e as roupas ficaram molhados.
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