Inácio Martins é a segunda cidade do Paraná, em relação ao número de habitantes, com mais registros de coqueluche. Em 2024, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou oito casos da doença no município. Em apenas 43 dias de 2025, já são sete pessoas com teste positivo para a doença. O avanço da coqueluche ocorre pelo Paraná.
O último boletim da Sesa emitido este mês registrou 46 casos no Paraná, um aumento significativo em relação aos 16 confirmados em janeiro. Um aumento de 287,5%. Curitiba lidera os números absolutos com cinco casos, seguida por Inácio Martins e Londrina, ambas com quatro confirmações. Municípios como Cascavel, Ponta Grossa, Cambé e Umuarama também notificaram ocorrências neste mês.
De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Inácio Martins, Allexia Schmitutz, a coqueluche muitas vezes é subnotificada, já que os sintomas se assemelham a outras doenças respiratórias. Dessa forma, o número real deve ser maior. No entanto, só houve um internamento em decorrência da doença em Inácio Martins, sem sequelas.
Segundo Schmitutz, a equipe de saúde de Inácio Martins passou por capacitações e adotou materiais visuais para alertar a população sobre os sinais da doença. Com a Sesa, intensificaram a busca ativa por gestantes com mais de 20 semanas sem a vacina dTpa e crianças com doses atrasadas da pentavalente ou DTP. Além disso, a vacinação foi ampliada para profissionais da saúde e educação, grupos essenciais para conter a propagação da doença.
A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é altamente contagiosa e pode ser grave, especialmente para bebês, idosos e pessoas imunocomprometidas. A infecção compromete as vias respiratórias e causa crises intensas de tosse, podendo levar a complicações severas, como pneumonia e insuficiência respiratória.
VACINA SEGUE DISPONÍVEL
A população deve se atentar aos sintomas e buscar atendimento imediato em caso de suspeita. A vacinação segue disponível nas unidades de saúde e continua sendo a principal forma de prevenção.
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