22/08/2023
Política Região

Reajuste e burocracia nos governos estadual e federal paralisam obras em Turvo

Pavimentação de ruas, recape asfáltico e reforma de escola não dependem apenas do Município

JERONIMO GADENS

O aumento no preço de tabela do CBUQ, ou concreto betuminoso usinado a quente, um dos tipos de revestimento mais utilizados em ruas e rodovias brasileiras, é o principal motivo da paralisação de obras em ruas e avenidas do município de Turvo. Aliam-se a isso os trâmites burocráticos dos governos estadual e federal, parceiros do município em muitas obras.

De acordo com o prefeito Jerônimo Gadens do Rosário, como as licitações abertas para essas obras ainda continham o valor anterior ao reajuste, “que foi muito alto”, as licitações foram desertas, ou seja, sem empreiteiras inscritas.

(Foto: Stocco/RSN)

“Estamos aguardando a nova tabela para então abrir novos editais para licitação de pavimentação de ruas e queremos retomar os serviços ainda neste semestre, mas isso não depende de nós”.

Entretanto, o prefeito já articula aditivos junto à Caixa Econômica Federal para completar o recurso previsto inicialmente. Segundo Jerônimo, há obras paradas em parte das ruas Araucária, Paraná e Avenida 12 de Maio (Vila Jaime). Esta avenida possui contrapartida do município.

A pavimentação das ruas Eulália Nunes, Valter Brugg, Travessa no Jardim Vitória e Avenida Nossa Senhora Aparecida, que estavam sendo licitadas dependem desse trâmite que foge à responsabilidade do município. “Como dependemos de recursos estaduais e federais só podemos articular nessas esferas para que tudo seja liberado o quanto antes”.

ESCOLA ELIAS ABRAHÃO

Na área educacional, a administração municipal depende da liberação de recurso em convênio assinado em 7 de novembro de 2018 com o Governo do Estado para a reforma na Escola Estadual Elias Abrahão, interditada desde a chuva de granizo que atingiu o município no ano passado.

“A escola já tinha problemas estruturais que estavam sendo monitorados, mas com o granizo o problema se agravou”.

Com 250 alunos distribuídos em outros dois colégios, a escola permanece fechada. “A mudança de Governo emperrou a liberação de recursos, mas estamos solicitando essa liberação”.

Segundo o prefeito, caso isso não aconteça, a administração municipal já possui autorização da Câmara para contratar financiamento para várias obras, inclusive parte do recurso poderá ser destinado à reforma da escola.

Cristina Esteche

Jornalista

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