22/08/2023
Brasil Política

Moro assina despacho liberando nove presos

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Da Redação com G1

Curitiba  – Um despacho assinado pelo juiz Sergio Moro, neste sábado (26) mostra a possibilidade de duas fases da Lava Jato serem enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O mesmo despacho liberou nove presos temporários da última etapa da operação.

Na decisão, Moro diz que abriu vista para que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste sobre uma eventual declinação de competência sobre estas duas fases da Lava Jato, e a consequente remessa das investigações ao STF.

Segundo Moro, a decisão será na segunda feira (28), mas é provável a remessa de ambos os feitos à Egrégia Suprema Corte diante da apreensão na residência do executivo Benedicto Barbosa da Silva Júnior de planilhas identificando pagamentos a autoridades com foro privilegiado”, justificou.

No documento o juiz  diz que é premature qualquer conclusão sobre a natureza ilícita, ou não, dos pagamentos  que constam na planilha. A justificativa é que não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, através do qual eram realizados os pagamentos de propina, por exemplo, aos agentes da Petrobrás. O juiz ainda afirma que é notório que o Grupo Odebrecht realizou diversas doações eleitorais nos últimos anos.

ACARAJÉ

A 23ª fase
 da Lava Jato, denominada "Acarajé", envolve funcionários da empreiteira Odebrecht, além do marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele, Monica Moura. O casal é suspeito de receber dinheiro desviado da Petrobras em uma conta não declarada no exterior, e também no Brasil.

Foi nesta fase, também, que a PF prendeu o executivo da Odebrecht, Benedicto Barbosa Júnior e apreendeu, na residência dele, uma planilha com referências a pagamentos para políticos de diversos partidos.

XEPA

Na 26ª fase
, a delação de Maria Lúcia Tavares provocou a  "Xepa", que descobriu o “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht, departamento exclusivo dentro da empreiteira para o gerenciamento e pagamento de propinas.

Segundo o MPF, pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

Cristina Esteche

Jornalista

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