22/08/2023


Geral Paraná

Paraná é o quarto estado do país em número de novas empresas

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Da Redação, com Faciap

O Paraná ficou em quarto lugar na criação de novos negócios na comparação entre os primeiros trimestres de 2016 e 2015. Foram 33.274 nesse período, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. São Paulo ficou com a liderança, com 145.324 novas empresas, Minas Gerais com o segundo lugar, com 58.271 e, na terceira posição, o Rio de Janeiro com 54.641 novos negócios.

Na comparação entre regiões, o Sul ficou em terceiro lugar, com 16,0% de participação e 82.507 novas companhias, perdendo apenas para o Sudeste, com 258.971 empresas ou 50,2% do total, e o Nordeste, com 16,3% (36.830 empresas). De acordo com o indicador, foram as regiões Sudeste e Sul que puxaram a alta de nascimentos de empresas no país no primeiro trimestre, enquanto as demais regiões apresentaram queda. A maior alta no período, em comparação com os três primeiros meses de 2015, foi registrada no Sudeste (6,8%), seguida pelo Sul (4,4%). Enquanto isso, a Região Nordeste apresentou queda de 3,9%, e a Região Centro Oeste teve queda similar, de 3,5%. A Região Norte registrou ligeira queda de 0,6%.

No total, o país contabilizou 516.201 novas empresas no primeiro trimestre de 2016, o maior registro para o período desde 2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. O número é 7,5% maior que no primeiro trimestre de 2015, quando foram Registrados 480.364 nascimentos. Em março, houve ligeira queda de 0,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 184.560.

De acordo com Edson Araújo Filho, diretor administrativo da Faciap, Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, é importante observar como a crise que estamos enfrentando tem influenciado o aumento da formalização de Microempreendedores Individuais (MEIs). “O aumento do desemprego em razão da recessão está levando muitos a buscar alternativas autônomas. Mas hoje, ser autônomo exige formação e formalização”, diz ele.

SETOR MAIS PROCURADO

O setor de serviços continuou sendo o mais procurado pelos empreendedores, no primeiro trimestre de 2016, com a abertura de 324.984 novas empresas no segmento, o equivalente a 63,0% do total de nascimentos. Em seguida, 146.830 empresas comerciais (28,4% do total) surgiram nos três primeiros meses do ano e, no setor industrial, foram abertas 43.163 empresas (8,4% do total).

O indicador revela um crescimento constante na participação das empresas de serviços no total de negócios que surgiram no país nos últimos seis anos, passando de 53,5% (março de 2010) para 63,0% (março de 2016). Por outro lado, a participação do setor comercial tem recuado gradativamente: de 35,0%, em março de 2010, para 28,4%, em março deste ano. Já a participação das novas empresas industriais se mantém estável.

NASCIMENTO DE EMPRESAS DE NATUREZA JURÍDICA

No primeiro trimestre de 2016 o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) totalizou 413.555, crescimento de 14,0% sobre o mesmo período de 2015, quando 362.804 novos MEIs surgiram. Observa-se, inclusive, um aumento crescente dos MEIs entre todas as naturezas jurídicas apuradas no decorrer dos anos. No mês de março de 2016 o número de MEIs totalizou 148.673, crescimento de 16,5% sobre março de 2015, quando 134.803 novos MEIs surgiram.

Os MEIs foram a única natureza jurídica a apresentar crescimento no trimestre, enquanto as demais tiveram decréscimo. O número de nascimentos em Empresas Individuais apresentou queda de 13,8% no período, com 38.553 companhias nascidas, contra 44.718 no mesmo trimestre do ano anterior. As Sociedades Limitadas também registraram diminuição nos nascimentos de um trimestre para outro, de 48.012 para 39.994, queda de 16,7%. O nascimento de empresas de outras naturezas teve queda de 2,9% e totalizou 24.099.

METODOLOGIA DO ESTUDO SOBRE NASCIMENTO DE EMPRESAS

Para o levantamento do Nascimento de Empresas, foi considerada a quantidade mensal de novas empresas registradas nas juntas comerciais de todas as Unidades Federativas do Brasil bem como a apuração mensal dos CNPJs consultados pela primeira vez à base de dados da Serasa Experian.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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