Da Redação, com assessoria
Curitiba – Recentemente, foi aprovada com facilidade pela Câmara dos Deputados do Paraná uma emenda parlamentar, apresentada pelo deputado Guto Silva, que concede um crédito presumido de forma que a carga tributária final seja de 12% para empresas que industrializam bebidas no Estado do Paraná. Agora, a indústria de refrigerantes cobra bom senso do governador Beto Richa, que precisa sancionar a emenda à Lei Orgânica de ICMS do Paraná.
No total, existem mais de 15 indústrias de refrigerantes no Estado do Paraná, empresas que arrecadam anualmente milhões em ICMS e empregam milhares pessoas. Nos últimos anos, as empresas têm reclamado da desigualdade mercadológica e da falta de isonomia tributária perante as multinacionais, o que contribui muito para o avanço da concentração de mercado.
“A emenda aprovada pela Câmara é a salvação para o nosso segmento e agradecemos muito aos deputados, que estudaram a situação e perceberam que a demanda solicitada teve base de sustentação e argumentos mais que suficientes para assim deliberarem. Há limites de volumes estabelecidos na proposta, desta forma ela vai beneficiar micro, pequenas e médias empresas, que são as que mais sofreram nos últimos anos, tanto que muitas delas já pararam de produzir, encerrando suas atividades. O cenário atual é muito desolador, e se prevê para os próximos anos o fechamento de mais empresas genuinamente paranaenses, que fazem parte da história do nosso Paraná. É importante lembrar que estas empresas não representem o maior faturamento do setor, mas com certeza elas geram muito mais empregos por litro produzido”, explica Nilo Cini Jr., presidente do Sindicato Patronal das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (Sindibebidas).
De acordo com o sindicato, as empresas são bem distribuídas no Paraná, gerando emprego e renda em suas microrregiões, além de fazerem parte da comunidade local e da história de suas cidades. “Mais do que uma simples relação comercial, essas empresas têm uma relação muito grande com a história das pessoas, com as memórias da infância e da família, e, obviamente, são ligadas diretamente com momentos felizes. Além desse aspecto sentimental, se o Governador Beto Richa sancionar a emenda, as indústrias poderão manter o nível de emprego e, muito provavelmente, incrementar o nível de investimento, fazendo com que a economia local cresça, gerando renda também para o Estado”, detalha.
Para o presidente da Sindibebidas, os deputados entenderam que é necessário discutir o assunto que se tornou fundamental para a manutenção de um segmento de extrema importância para o Paraná, e por esse motivo a emenda foi aprovada com facilidade, com 38 votos favoráveis e apenas 4 contrários. "Não estamos pedindo nada além do que direitos fiscais parecidos com os das grandes multinacionais. O Governo do Paraná precisa valorizar o nosso segmento e, principalmente, os milhares de empregos que geramos em todas as regiões do Estado. É necessário que o Governador entenda que com o incentivo poderemos manter nossos preços, implementando nossa atuação e gerando mais empregos já a partir do dia 01 de janeiro de 2017”, completa Nilo.