22/08/2023
Política

Reposição salarial da PM depende de aumento na arrecadação, diz Rusch

Curitiba –  O líder da Oposição, deputado Élio Rusch (DEM), considerou uma “pegadinha” do governo estadual a proposta que prevê a readequação dos salários dos policiais militares, incorporando benefícios ao soldo da categoria. O projeto tem causado polêmica na Assembleia pela forma e pelo momento em que foi apresentada, às vésperas de o governador Roberto Requião deixar a administração estadual.
O projeto prevê duas etapas para os reajustes serem concedidos. Na primeira, o reajuste será aplicado imediatamente. O problema, segundo Rusch, é que não há previsão para concessão do reajuste referente à segunda etapa. Aí estaria a “pegadinha” a que o deputado se referiu.
“Essa segunda fase está condicionada ao aumento do quadro geral do governo do Estado, que é tratado em uma outra mensagem. O projeto que concede reajuste ao quadro geral diz que a aplicação em folha de pagamento ficará condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira”, explicou “A segunda etapa de aumento para a PM só será aplicada se houver aumento na receita do governo e mediante autorização do governador do Paraná”, completou.
Rusch lembrou que por diversas vezes os deputados da Oposição cobraram do governo do Estado a revisão do soldo (salário base do policial militar) que em muitos casos é abaixo do salário mínimo nacional.
“Agora, ao apagar das luzes, o governador Roberto Requião decidiu incorporar as gratificações ao soldo. Desta forma os penduricalhos, que eram as gratificações e demais benefícios, deixarão de existir para formar um soldão e valer como salário integral para as aposentadorias”, declarou. “Não somos contrários ao projeto, mas sim aos mecanismos propostos pelo Governo para promover essa readequação”, completou.
O projeto foi aprovado em primeira discussão por todos os deputados. Ficou acordado que o plenário, na sessão do próximo dia 22, será transformado em comissão geral para que as eventuais emendas apresentadas sejam analisadas de imediato e assim não retardar a votação do projeto, pois devido à legislação eleitoral tem que ser transformado em lei até o dia 6 de abril.

Cristina Esteche

Jornalista

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