22/08/2023
Política

Zuk é denunciado pelo desvio de R$ 1,4 milhão

O Ministério Público do Paraná denunciou o  ex-deputado estadual Luiz Carlos Stanislawczuk (PDT), conhecido como Zuk,  pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público).
De acordo com a denúncia, Zuk usou 16 funcionários fantasmas para desviar quase R$ 1,4 milhão (valor atualizado) da Assembleia Legislativa do Paraná entre 1999 e 2003. Na ação, a promotoria de Patrimônio Público pede à Justiça o ressarcimento da quantia desviada aos cofres públicos.
Segundo informações do jornal Gazeta do Povo, edição “on line” deste sábado (1º de maio), o ex-deputado é um dos 73 políticos envolvidos no “esquema gafanhoto”, revelado em julho de 2008 pela GP.
Os salários dos funcionários fantasmas eram feitos em única conta que tinha como titular o chefe de gabinete do deputado, Miguel Arão Ribas Dropa, que já morreu.
 Dropa movimentava o dinheiro e chegou a transferir algumas quantias para a conta de Zuk, o que comprovaria a participação do deputado no desvio.
De acordo com informações do MP, a contratação dos funcionários fantasmas na Assembleia, foi feita com a utilização de  documentos pessoais de frentistas do posto de gasolina onde Zuk abastecia seu carro, em cidade de Ponta Grossa. Ele usava também o nome de estudantes que o pro­­­curavam para tentar transferência para Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Segundo a matéria da GP, a denúncia relata que os frentistas teriam fornecido os documentos ao preencher uma suposta ficha de filiação ao PDT, partido de Zuk à época. Em depoimento aos promotores, os 16 funcionários fantasmas informaram que nunca ficaram com o dinheiro repassado pela Assembleia e que não trabalhavam no Legislativo. “Alguns afirmaram que não têm ideia de como apareceram como funcionários da Assembleia Legislativa do Paraná. Um deles só descobriu quando caiu na malha fina da Receita Federal”, diz a matéria da Gazeta do Povo.
Ainda segundo a GP, Zuk é um dos poucos deputados que foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná por envolvimento no esquema gafanhoto. “As demais investigações estão prejudicadas porque os advogados dos envolvidos questionaram a competência da Polícia Federal em apurar o caso –eles alegaram que a apuração deveria ser feita na esfera estadual. Por causa dessa discussão jurídica, a investigação está atualmente trancada no Supremo Tribunal Federal (STF)”, diz a matéria da Gazeta do Povo.
 

Cristina Esteche

Jornalista

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