22/08/2023
Política

EM ANO ELEITORAL, CARLI QUER REATIVAR “FÁBRICA DE TÊNIS”

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Da redação – Parada desde as eleições para prefeito, a "fábrica de tênis", patrocinada pela Prefeitura com a participação de apenas uma empresa, deverá ser reativada agora, novamente em ano eleitoral. A Prefeitura realiza nesta sexta-feira, às 9 horas, no Departamento de Licitação, licitação para contratação de empresa, com recursos públicos municipais, da empresa que deverá fazer a fabricação dos calçados.
A fábrica de calçados foi uma das principais propostas de campanha de Fernando Carli nas eleições municipais de 2008. Sua promessa era dar continuidade à instalação de um “polo calçadista” que, na prática, nunca aconteceu. A Prefeitura alugou um barracão (foto) no Distrito Industrial Guaratu e contratou uma empresa, a “Somar Calçados”, que deveria funcionar como “embrião” gerando novas indústrias no setor.
Além de não criar a segmentação, a Somar fechou as portas em 2009, no primeiro ano do segundo mandato de Fernando Carli. Em vez do início de um “polo calçadista”, o que se viu foi exatamente o contrário, tornando os pesados investimentos da Prefeitura completamente nulos.

FÁBRICA NÃO EXISTE
A pequena indústria, longe de ser um “polo”, tinha como único cliente a própria Prefeitura. A Rede Sul ligou nesta terça-feira (4) para o telefone da fábrica (3624 6472), mas a mensagem é de que o número não existe.
O dono da empresa Somar Calçados, que responde pela “Fábrica da Prefeitura”, Antonio Vieira da Silva, o Toninho, não foi encontrado. Ele foi trazido do município de Nova Serrana (MG) por Carli para implantar a “fábrica-piloto”, mas numa entrevista concedida à Rede Sul, em abril de 209, disse a produção de 500 pares de tênis por dia era sua.
Toninho chegou a confirmar as vantagens que recebeu da Prefeitura para deixar Nova Serrana, conhecida como a capital nacional do tênis, e vir a Guarapuava. O principal incentivo dado pela Prefeitura foi a compra do maquinário a um custo de R$ 800 mil à época. “A fábrica é uma empresa e a venda é nossa”, afirmou em 2009.
Em abril do ano passado, quatro meses depois de Fernando Carli ser reeleito, a fabriqueta deu férias coletivas aos 30 funcionários e parou de funcionar.

Cristina Esteche

Jornalista

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