22/08/2023


Política Região

Prefeito de Rio Bonito quer “melhorar performance eleitoral” no segundo turno

Município foi o único do Paraná que deu vitória ao PT no primeiro turno. Prefeito Ademir Fagundes, entretanto, é bolsonarista declarado

Ademir Fagundes

(Foto: Divulgação)

A “terra vermelha”, como definiu o prefeito Ademir Fagundes, ao referir-se ao município que administra, Rio Bonito do Iguaçu, a 129 quilômetros de Guarapuava, deve ampliar “muito pouco” a margem de votos ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), no segundo turno. Mesmo assim, o maior número de votos deverá ser abocanhado pelo adversário Fernando Haddad (PT). No município, ele venceu no primeiro turno com 67,57% contra 19,87% de Bolsonaro. Dr. Rosinha, que foi candidato à sucessão no Palácio Iguaçu, obteve a única vitória num município paranaense e foi também em Rio Bonito do Iguaçu.

Município que sedia uma convergência de três assentamentos, entre estes o Marcos Freire, considerado o maior da América Latina, além do Ireno Alves e 1º de Maio, que juntos somam 1,6 mil famílias, além do pré-assentamento Herdeiros da Terra, com outras 1,2 mil famílias, a administração, entretanto é do PSDB. Ademir Fagundes, conhecido como “Gaúcho”, vê o resultado das urnas como “normal para Rio Bonito do Iguaçu, pois temos aqui o maior assentamento do América Latina”. Bolsonarista convicto, segundo ele, a intenção é reduzir “um pouco” a votação de Haddad.

Ademir Fagundes (Foto: Divulgação)

“Estamos pegando mais forte nos argumentos dentro dos assentamentos e do acampamento. Mostrando que esses locais terão mais proteção”. O prefeito cita como exemplo a implantação da Sala da Cidadania, a primeira implantada no Paraná.

De acordo com  Alex Scheneider, responsável pelo programa na cidade, a Sala da Cidadania integra o Programa de Atendimento ao Cidadão (PAC), que tem por atribuição promover a melhoria do atendimento prestado pelo Instituo de Colonização e Reforma Agrária (Incra), centralizando no mesmo espaço físico o fornecimento de informações e serviços de forma ágil e eficiente aos usuários e demais interessadas na reforma agrária.

“Estávamos abandonados pelo Incra, numa situação difícil que se arrasta por 23 anos, e quem trouxe esse programa para cá foi o deputado federal Francischini e o nosso candidato poderá mudar essa situação. A intenção é ajudar. Os assentados não tem ideia da importância que terão no novo governo”.

Segundo o prefeito, se as eleições nas esferas estadual e federal fazem de Rio Bonito do Iguaçu um reduto petista, no pleito municipal esse jogo vira.

“Nestas eleições o povo se une, mas na municipal tudo se divide. Eu sou do PSDB e me elegi dentro de um dos assentamentos e vou me reeleger daqui dois anos”.

Cristina Esteche

Jornalista

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