22/08/2023


Brasil Paraná Política Segurança

Está em andamento a operação Sem Fundos

Operação da PF e do MP cumpre mandados em três estados

polícia

PF em ação (Foto: Congresso em Foco)

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagram na manhã desta sexta feira (23) a operação Sem Fundos, na  56ª Fase da Operação Lavajato. Esta fase serve para cumprir 68 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva e 14 mandados de prisão temporária, divididos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, a fim de reprimir a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

As investigações apontam que a execução da construção das edificações destinadas à instalação da nova sede da Petrobras em Salvador (BA), assim como os contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia foram superfaturados e direcionados para viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras e dirigentes do Fundo Petrobras de Seguridade Social (Pestros), além de terceiros com ele mancomunados. Tudo isso em prejuízo à estatal e ao fundo de pensão investidor, este mantido mediante patrocínio da própria estatal e das contribuições de seus empregados.

Em suma, o Fundo, mediante parceria com a Petrobras, investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 anos. Ocorre que, com o direcionamento da execução das obras à uma empresa ligada a outras duas grandes empreiteiras já conhecidas da Lava Jato, o valor da execução ficou bem acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago também.

Assim, os investigados direcionavam parte dos recursos obtidos desses valores a maior para pagamento das propinas, utilizando de artifícios para ocultar e dissimular a origem e destino desses montantes. As penas somadas podem chegar ao total de 50 anos de prisão e multa.

O nome da operação refere-se à perda do Fundo de Pensão da Petrobras, assim como ao fato de os crimes investigados parecerem revelar um “saco sem fundos”. Os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição da Justiça.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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