O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, divulgou nesta semana o relatório mensal que aponta que Guarapuava, que lidera a produção de cevada no Paraná, está com 20% da área plantada e tem 50% da produção comercializada.
De acordo com o engenheiro agrônomo do Deral, Rogério Nogueira, a estimativa cresceu 20% em relação à safra passada, atingindo 264 mil toneladas.
Os dados gerais apontam que a cevada tem 34% da área plantada, o dobro na comparação com o mesmo período do ano passado. Do total de 58 mil hectares, 20 mil estão colhidos. A área é 4% maior do que no ano passado, quando foi de 55,6 mil hectares.
Outro dado apontado pelo relatório é de que a produção de grãos da safra paranaense de milho 2018/2019 deverá chegar a 37,6 milhões de toneladas.
De acordo com os dados, esse volume é 6% maior na comparação com a safra 2017/2018 e representa um acréscimo de 467 mil toneladas à estimativa do mês de maio, impulsionado pela produção de milho, que tem apresentado um ciclo satisfatório no Estado. A área plantada deve somar 9,8 milhões de hectares, 1% a mais do que na safra anterior.
O relatório constatou ainda que o avanço da colheita, especialmente do milho safrinha, que já ultrapassa 20% da área de 2,24 milhões de hectares, mostra um ganho de produtividade. “A produção de milho de segunda safra pode chegar a 13,5 milhões de toneladas, cerca de 400 mil a mais do previsto na estimativa anterior”, diz o chefe do Deral, Salatiel Turra.
Além disso, o relatório aponta que a produção do feijão de segunda safra, que deve ser 30% maior do que no ano passado e está com a colheita quase encerrada, em 96%. Assim, os preços voltaram aos padrões normais para o consumidor.
Na reavaliação das estimativas, com a colheita da soja encerrada, confirmou-se uma redução de 15% na produção em relação ao ano passado, decorrente do clima adverso. O relatório do Deral registra perda de mais de 3,2 milhões de toneladas entre a estimativa inicial e a final.
Quanto ao trigo, confirmou-se redução de área de 9%. “De qualquer forma, nossa previsão de safra tende a ser 15% maior do que no ano passado, quando colhemos 2,8 milhões de toneladas. Neste ano, vamos passar pra 3,2 milhões se o clima ajudar e tivermos boas práticas de manejo no campo”, afirma o chefe do Deral.