22/08/2023


Brasil Paraná Política

PEC federal pode extinguir seis municípios da Região de Guarapuava

PEC exclui cidades com menos de cinco mil habitantes. Altamira do PR, Campina do Simão, Foz do Jordão, Marquinho, Mato Rico e Porto Barreiro estão na lista

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O presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, entregam o “Plano Mais Brasil – Transformação do Estado”, ao presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (Foto: Agência Brasil)

Seis municípios próximos a Guarapuava estão na lista de extinção proposta pelo Governo Federal. A chamada PEC do Pacto Federativo foi apresentada ao Senado nessa terça (5). Prevê alteração na divisão de recursos entre União, estados e municípios. Porém, na proposta, elaborada pela equipe econômica do governo Bolsonaro, está prevista a extinção dos municípios com até cinco mil habitantes que não tenham autonomia financeira. Ou seja, a arrecadação própria é inferior a 10% da receita total.

Na Região de Guarapuava estão nessa lista os municípios de Altamira do Paraná (1.942 habitantes), Campina do Simão (3.887h), Foz do Jordão (4.650h), Marquinho (4.405h), Mato Rico (3.272h) e Porto Barreiro (3.237h).

Esses municípios estão dentro de um rol de 102 dos 399 municípios do Paraná, sujeitos à extinção. Pelos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil, 1.235 municípios possuem menos de cinco mil habitantes. Portanto, deixariam de existir.

COMPROVAÇÃO

Porém, pela proposta ‘bolsonarista’, os municípios com até cinco mil habitantes teriam até o dia 30 de junho de 2023 para comprovar sustentabilidade financeira. Entretanto, aqueles que não conseguirem comprovar seriam incorporados por algum dos municípios limítrofes a partir de 1º de janeiro de 2025. Assim, o município com melhor índice de sustentabilidade financeira absorveria até três municípios.

De acordo com o governo federal, a proposta prevê redução de gastos para os cofres públicos, já que esses municípios não arrecadam o suficiente para o custeio da sua própria estrutura.

Conforme a PEC, os entes da federação congelariam despesas em todos os poderes. A proposta ainda prevê que a Lei de Responsabilidade Fiscal, o teto de gastos e a regra de ouro valerão para os demais entes da federação. A PEC também acaba com a Lei Kandir.

De acordo com o governo,  com o repasse de royalties e partição especial do petróleo, União e estados encerrarão a disputa judicial. Além disso, a PEC veda o uso de fundos de pensão e depósitos judiciais de ações entre particulares para despesas de estados e municípios.

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Cristina Esteche

Jornalista

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