22/08/2023
Brasil Política

Partidos políticos devem estar unidos em federações até março de 2022

De acordo com Gleisi Hoffmann, as federações vão unir partidos com a mesma essência ideológica como se fossem apenas um por quatro anos

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De acordo com Gleisi Hoffmann, as federações vão unir partidos com a mesma essência ideológica como se fossem apenas um por quatro anos (Foto: Reprodução/RSN)

Às vésperas das eleições de 2022, os partidos políticos se deparam com um desafio. Trata-se da chamada ‘federação partidária’, que é a constituição de uma frente de partidos agindo como um só. Essa ‘junção’, conforme a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), não vale somente nas eleições. Mas também durante o exercício dos mandatos, ou seja, durante quatro anos.

“Não se trata de um acordo de ocasião, oportunista. É quase um ‘casamento’. E por isso, os partidos precisam ter afinidade política”. Isso porque os federados serão obrigados a atuar como uma bancada no Congresso. Entretanto, poderão manter símbolos e programas. De acordo com a parlamentar, em entrevista ao Portal RSN, as federações impactarão na formação de alianças não somente em nível nacional, mas também regional.

“A federação de partidos vai aproximar legendas com compatibilidade programática e ideológica que supere divergências locais”. Ou seja, não vai existir federação pela metade ou somente disposta a disputar a eleição presidencial. Assim, em outubro de 2022, as federações vão valer para as eleições de deputado estadual, distrital (DF) e deputado federal. Ou seja: os federados serão obrigados a atuar como uma bancada no Congresso. No entanto, podem manter os símbolos e programas.

UNIDADE

Para a deputada, é uma unidade de campos políticos. Portanto, não se trata de uma coligação de ocasião. “Para federar tem que ter muita afinidade política porque vai contar como chapa única. E isso dá mais identidade aos campos políticos brasileiros. Vários políticos que não são de centro-esquerda, por exemplo, mas que estão num partido por conveniência, não se sentirão confortável. Vão ter que sair. Isso vai dar uma limpada na área. Pois só vai ficar quem tem identidade no campo político. Então fica mais nítido para a sociedade e potencializa a eleição de uma bancada de deputados. Acho que é uma boa experiência”.

Conforme a deputada, a violação dessa regra resultará na proibição de ingressar em nova federação. Não podendo também celebrar coligação nas duas eleições seguintes. E nem utilizar o fundo partidário por certo tempo. Aliás, a nova lei determina que às federações se aplicam todas as normas que regem a fidelidade partidária. E tudo tem que estar definido até março do ano que vem.

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Cristina Esteche

Jornalista

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