22/08/2023


Brasil Política

Em discurso relâmpago, Bolsonaro defende o direito de ir e vir

Conforme Bolsonaro, as manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas diz que métodos não podem ser "os da esquerda"

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Bolsonaro fala após derrota (Foto: Reprodução/YouTube)

Após mais de 40 horas de espera, o Presidente Bolsonaro falou pela primeira vez após a derrota nas eleições presidenciais. Numa fala breve, em cerca de dois minutos, ele começa agradecendo os votos recebidos no segundo turno. No entanto, não reconheceu a derrota contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele falou sobre as manifestações pelo Brasil e autorizou a transição de governo.

“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro”. Numa referência aos bloqueios que ocorrem nas rodovias brasileiras, ele avalia que são “fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

Conforme o presidente, as “manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”. Ele cita a invasão de propriedade, a destruição de patrimônio e o cerceamento do direito de ir e vir. Nessa última observação, o presidente fez uma crítica velada aos apoiadores dele que estão bloqueando rodovias pelo país afora.

RESULTADO DAS URNAS

Entretanto, em nenhum momento ele assumiu a derrota e não citou o nome do presidente eleito Luiz Inácio Lula a Silva. Além disso, Bolsonaro já havia quebrado o protocolo ao não ligar para Lula reconhecendo a vitória dele no fim da totalização dos votos.

O resultado das eleições foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57 de domingo. Nesse momento 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos, e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos.

Por fim, após o Presidente deixar o local onde se pronunciou, Ciro Nogueira assumiu o microfone e anunciou que nesta quinta (3), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin vai ser oficializado como coordenador da transição.

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Cristina Esteche

Jornalista

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