22/08/2023
Política

Gustavo Fruet disse que vai respeitar o tempo dos partidos para compor alianças

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Por Thea Tavares –   Gustavo Fruet, que assinou ontem oficialmente sua filiação ao PDT do ministro Carlos Lupi e do ex-senador Osmar Dias, durante um grande encontro para apresentação das pré-candidaturas do partido no Clube Thalia, em Curitiba, foi recebido pelos trabalhistas na condição de pré-candidato à prefeitura da capital do Paraná. Ele disse que vai “respeitar o tempo dos partidos” ao decidirem sobre a formação de alianças em torno de sua candidatura. "Vamos respeitar o tempo dos partidos e o processo de amadurecimento dessas decisões", disse.

A presidenta do PT, Roseli Isidoro, que se fez presente no encontro dos pedetistas da capital, foi saudar a entrada de Fruet no PDT para demonstrar deferência pela “importância histórica do PDT na redemocratização do país, com Leonel Brizola, para retribuir o apoio da legenda na sustentação dos governos de Lula e Dilma e pela qualificação do debate eleitoral que isso vai representar no ano que vem”. Roseli adianta que a conversa sobre alianças só acontecerá de fato no PT lá por meados do mês de março/2012 e que o partido vem discutindo sua organização interna, como a elaboração do programa de governo, a montagem de uma boa chapa de pré-candidatos a vereador. No PT, pelo menos três nomes também estão colocados para o debate da candidatura majoritária: o dos deputados federais Ângelo Vanhoni e Dr. Rosinha e o do deputado estadual Tadeu Veneri.

O vereador Pedro Paulo Costa também avalia que o lançamento de Fruet como pré-candidato pelo PDT traz para a cena política curitibana o debate sobre projetos e o futuro da cidade. “O perfil dele é de compromisso com uma proposta. Quando ele adere ao projeto histórico do trabalhismo, é motivo de comemoração, pois nos remete a um legado do pai, Maurício Fruet, e sua trajetória de esquerda”, disse Pedro Paulo. Para Fruet, problemas como o da destinação do lixo, do transporte coletivo, a própria Urbs e as denúncias de escândalo na Câmara Municipal demonstram “que o modelo que administra a cidade se esgotou e que está mais do que na hora de se apresentar alternativas”. O ministro Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do PDT, reforça esse argumento: “Curitiba, que já foi inovadora, que já foi vanguarda em projetos urbanísticos e de sistema de transporte, parou no feijão com arroz, que está estragado".

Osmar Dias, muito emocionado, se comportou como anfitrião e conselheiro da noite: "Eu sei muito bem o que é enfrentar a máquina pública, o poder do estado e da prefeitura da capital juntos. O Gustavo foi o candidato mais votado para o Senado em Curitiba. Tenho muita confiança de que com aqueles votos e mais um pouco, a gente vai ter a Prefeitura de Curitiba". Osmar também citou que “os dois traídos (pelo PSDB de Beto Richa), agora, estão juntos no PDT”. Fruet, por sua vez, mostrou determinação para trilhar esse caminho novo. "Não sou mais deputado federal. Hoje, recomeço a vida pública a partir de Curitiba e quero estar focado na construção do futuro da nossa cidade”, disse. "Não fui candidato (a senador) para ser secretário de estado. Fui candidato para construir um projeto e pela legitimidade das urnas, a força dos votos na Capital e as duas pesquisas que dão vantagem, fui credenciado para ser o candidato a prefeito de Curitiba", disse Fruet.

Após o encontro, durante conversa com a presidente do PT, Roseli Isidoro, e os vereadores petistas Pedro Paulo e Jonny Stica, Osmar Dias lembrou a última caminhada eleitoral no estado e declarou: "eu tenho dito nos quatro cantos que vou que se tem um partido que foi leal comigo, foi o PT", concluiu.

Cristina Esteche

Jornalista

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