Brasília – O deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente do Parlamento do Mercosul, criticou nesta terça-feira (17) a proposta dos líderes do DEM, Ronaldo Caiado (GO), e do PSDB, José Aníbal (SP), que sugeriram um aumento do salário dos deputados federais, de R$ 16,5 mil para R$ 24,5 mil. Segundo a idéia demo-tucana, o aumento salarial seria compensado pela extinção da verba indenizatória, utilizada para despesas relativas ao mandato, cujo valor máximo é de R$ 15 mil mensais.
O aumento salarial proposto, de R$ 8 mil, significaria um reajuste de 48%.
“Sou contra essa idéia demo-tucana de aumentar ainda mais o salário dos deputados federais, que já tem um valor muito mais que suficiente”, afirma Dr. Rosinha. “Hoje, falam em acabar com a verba indenizatória, mas nada impede que defendam o retorno da verba no futuro.”
O parlamentar petista defendeu a publicação das notas fiscais na página da Câmara dos Deputados na internet, medida anunciada pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). “A transparência é um princípio da administração pública, e o Congresso Nacional precisa acompanhar o governo federal, que já é referência mundial em relação à transparência dos gastos públicos”, observa Dr. Rosinha.
No início de fevereiro, o International Budget Partnership (IBP), ONG com sede em Washington, divulgou relatório que coloca o Brasil no oitavo lugar em um ranking que analisa o grau de transparência do orçamento público em 85 países. O estudo concluiu que 80% desses países não fornecem informações adequadas à população sobre seus gastos.
Conforme o levantamento, o Brasil pertence ao grupo dos países que “provêem informações substanciais” e “concedem aos cidadãos algumas ferramentas para monitorar e cobrar responsabilidade do governo na administração do dinheiro público”.
O Brasil é o país latino-americano mais bem colocado no ranking e é o melhor posicionado entre os Brics (grupo de emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China).
Política
Dr. Rosinha critica proposta demo-tucana de aumento para deputados
- Por Cristina Esteche
- 17/02/2009