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O prefeito Elias Faran Neto (PSDB) substituiu o projeto de lei encaminhado à Câmara solicitando permissão para a abertura de crédito suplementar de R$ 5 milhões no Orçamento do Município. O novo projeto lido na sessão desta terça-feira, dia 06, exclui algumas obras e benefícios, mas aumenta o valor financeiro saltando para R$ 6 milhões. A agricultura é setor mais prejudicado.
A retirada dos recursos da área da agricultura gerou a manifestação de vereadores que defendem emendas para que os agricultores não sejam penalizados.
Se comparados os dois projetos de leis matemática chama a atenção. Com a retirada de algumas obras que constavam no primeiro há uma redução de R$ 2,9 milhões. Em contrapartida, o novo projeto de lei teve a inclusão de novas obras que somam R$ 3milhões 275 mil que junto com outras somam R$ 6.174.768.
A substituição do projeto de lei já tinha sido anunciada pelo vereador Aurimar Teixeira da Rosa, o Grosso, durante visita à redação da RSN na sexta-feira, dia 02. “Não concordo com muitas coisas do projeto”, disse o vereador nesse dia.
No novo projeto Farah Neto retirou a compra de equipamentos e material de consumo permanente (Secretaria de Obras), distribuição gratuita prevista para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente; distribuição gratuita prevista para a Secretaria de Agricultura; equipamentos e material permanente; academias ao ar livre e parques infantis.
Foi justamente a exclusão dos benefícios da agricultora que provocou a reação de vereadores. Giovane Ivatiuk, por exemplo, questionou o montante que foi investido nos últimos três anos na agricultura e disse que o atua projeto prejudica os agricultores. Já o presidente da Câmara, Valter Oliveira da Luz perguntou por que o programa implantado pelo ex-prefeito Waltzer Donini (Pro-Rural) não teve continuidade. “Por que só agora em ano político o prefeito manda esse projeto. É um programa eleitoreiro”, afirmou. O vereador Valmir Czarnieski lembrou que o projeto que foi substituído previa a distribuição gratuita de insumos e sementes para agricultores. “A lei eleitoral impede qualquer distribuição gratuita”, observou.
Se houve cortes para a agricultura, o novo projeto de lei, porém, prevê a construção de obras de grande porte, inclusive, no interior do município. A intenção do prefeito, que é pré-candidato à reeleição, é construir um Centro Cultural na sede; academia de saúde na localidade de Passo Grande; Praça da Família na sede; piscina de hidroterapia; quadra poliesportiva na localidade de Lagoa Seca; calçamento em ruas da cidade; indústria de charque embutido na Lagoa Seca; compra de equipamentos para o Centro Cultural da sede; revitalização da estrada de acesso à localidade de São Pedro, em parceria com o Governo do Estado. Tudo isso, totaliza R$ 3 milhões 275 mil que somados a outros já previstos no projeto anterior e que foram mantidos no atual totaliza R$ 6. 174.768. A matéria foi encaminhada para análise das comissões do Legislativo Municipal.
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