O vereador Elcio Melhem contestou declarações públicas feitas pelo presidente do Observatório Social de Guarapuava, Abel Olivo, exigindo que os 12 vereadores peçam a cassação do peemedebista Admir Strechar sob a pena de serem alvos de ação civil pública por omissão à falta de decoro parlamentar. Presidente afastado da Câmara, Strechar continua recebendo os subsídios mensais.
“Se o Observatório vai entrar com ação civil pública contra nós vereadores que inclua também o juiz e o promotor que determinaram que o Admir (Strechar) fosse afastado do mandato, mas sem sofrer prejuízos de seus subsídios,” sugeriu Melhem, de forma irônica.
De acordo com Melhem, antes de Abel Olivo ter ido à imprensa atacar a Câmara deveria ter solicitado embasamento técnico de advogados que compõem a entidade. “O Dr. Abel deveria ter tomado todas as precauções, saber a verdade verdadeira da situação para depois vir a público e fazer tais afirmações. Não sendo feito, as declarações tornaram-se ridículas,” desferiu Melhem.
O líder da Bancada Carlista na Câmara, lembrou que em dezembro de 2011 foi até o o presidente em exercício João do Napoleão perguntar se Admir Strechar estava recebendo integralmente o seu subsídio (como vereador e como presidente) tivemos o conhecimento de que o Poder Judiciário (juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Guarapuava), ao determinar o afastamento de Strechar foi imperativo de que o afastamento não poderia causar prejuízos dos vencimentos”, explicou Melhem. Segundo o pepista, a partir dessa decisão judicial o pagamento dos subsídios de Strechar continua sendo feito a cada mês.
“Já se diz á boca pequena que uma decisão judicial não se discute, se cumpre. E são por declarações sem documento de causa que entidades perdem a credibilidade perante a opinião pública. O Observatório Social deveria ter feito um manifesto contra o Poder Judiciário e não tentar atacar a Câmara,” afirmou.
O “tucano” Nélio Gomes da Costa, endossou a contestação de Melhem e disse que a Câmara não deve ser refém de ameaças. “Não vejo nenhum embasamento técnico nas afirmações do Observatório Social e no Direito há a presunção da inocência e ação por danos morais. Entendo que o Observatório Social não tem poder para pedir a cassação de ninguém. Estão usando de má fé conosco por tentarem usar uma época pré eleitoral quando muitos vereadores deverão tentar a reeleição,” observou Nélio.
Antenor Gomes de Lima (PT) disse que nunca foi omisso nessa questão, assim como outros vereadores e lembrou que uma cassação deve partir de um vereador ou de partido político com representatividade na Câmara. “Lamento que isso venha acontecendo”, afirmou.