22/08/2023
Cotidiano

Sanepar informa comunidade sobre obras de esgoto

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A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) realizou a primeira reunião do programa de sensibilização sobre implantação do serviço de coleta e tratamento de esgoto em três bairros de Guarapuava. Participaram cerca de 170 moradores dos bairros João Paulo II e Adão Kaminski. De acordo com a assessoria de imprensa da Sanepar, mais sete reuniões devem acontecer com outros moradores dessa região e também dos bairros Mattos Leão e Conradinho. As obras devem beneficiar cerca de sete mil pessoas com 45 quilômetros de rede coletora e duas mil ligações de esgoto. Ao todo serão investidos R$ 5.584.000,00 até 2014.

 

“Por meio das reuniões iniciamos um processo de sensibilização e esclarecimento aos moradores a respeito da implantação da rede coletora de esgoto. Destacamos os ganhos e a estreita relação com a saúde, meio ambiente e a qualidade de vida da população”, enfatizou Naor Lima de Souza, responsável da Sanepar pela gestão socioambiental da obra. Segundo ele, o objetivo desses encontros será estabelecer e manter o diálogo com a comunidade.

 

De acordo com a assessoria, também estão sendo feitas abordagens domiciliares nas duas mil residências na área de abrangência da obra. “O objetivo das abordagens é comunicar os moradores que estão acontecendo obras da rede de esgoto na sua rua, orientá-los que só poderão ligar suas residências à rede depois que a Sanepar enviar um comunicado e informá-los de que a obra causará certos transtornos, pois serão abertas valetas, quebradas calçadas. Porém, a população entende que isso é necessário para o serviço. Ressaltamos que toda pavimentação será reposta e que isso tudo é por uma excelente causa”, explica Souza.

 

A previsão é de que as obras da rede coletora de esgoto nos quatro bairros sejam concluídas até a metade de 2014. As próximas reuniões a serem realizas com moradores dessas regiões ainda serão agendadas e divulgadas. O trabalho socioambiental é realizado pela Sanepar em parceria com a empreiteira Água Viva, que presta serviços à companhia.

 

Na primeira reunião, o representante da Coordenação de Clientes da Sanepar em Guarapuava, César Nadin, falou aos moradores sobre os custos de implantação da rede e do serviço de coleta e tratamento do esgoto, que influenciam na formação da tarifa da Sanepar. “É importante destacar que, mesmo com os custos operacionais e de manutenção, a tarifa da Sanepar é uma das mais baixas do Brasil”, destacou.

 

Expectativa

A família da dona-de-casa Cleunice de Lima, 46, será beneficiada com o serviço. Moradora do bairro Adão Kaminski há 20 anos, ela sofre com a necessidade de esgotar a fossa da sua residência frequentemente. “Pelo menos uma vez por mês tem que chamar o limpa-fossa, porque o terreno é alagadiço e ela enche rápido. Isso me custa de R$ 80 a R$ 160, dependendo da empresa que presta o serviço. É muito dinheiro. Estou super contente com essa notícia, só consigo pensar no quanto vou economizar quando tiver a rede de esgoto. Quanta coisa vou poder fazer com esse dinheiro e como nossa vida vai mudar pra melhor”, comemora. Cleunice mora com o marido e três netos. A neta Maria Eduarda, 8, também está contente. “Minha avó já tentou fazer horta no fundo do quintal, mas como a fossa vive transbordando não dá, morre tudo. Depois que secar a fossa a gente vai poder ter horta, plantar verdura. Vou ajudar minha avó a cuidar da horta”, diz a menina.

 

A dona-de-casa Rosa Estefane da Silva Oliveira, 57, também mora no Adão Kaminski e aguarda com expectativa a chegada da rede de esgoto. Depois de já ter morado no bairro e ter ido embora para capital, ela retornou há dois anos e meio e relata que os vizinhos também esperam pelas obras. “A gente entende que vai mexer na rua, na calçada, que vamos pagar a tarifa de esgoto quando a rede estiver pronta e cada um puder ligar sua casa na rede. Mas isso é o mínimo diante do benefício que vamos ter”, reforça. Ela conta que não tem problemas com a fossa em sua casa e nunca precisou esgotá-la. “Meus vizinhos têm fossa que transborda, que dá problema e incomoda, dá mau cheiro. Mas, mesmo que lá em casa a fossa não dê trabalho, quero mais é pagar e me ver livre, quero qualidade de vida. Quero poder cuidar das minhas plantas e frutas sem me preocupar com contaminação”, diz.

 

 

 

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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