22/08/2023
Política

Ministro faz previsões otimistas para o Natal brasileiro

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Guarapuava – O mercado interno está sendo o grande responsável pelo crescimento da economia nacional e vai proporcional um “Natal gordo” para o brasileiro.
A afirmação foi feita em Guarapuava pelo ministro do Planejamento Paulo Bernardo (foto), depois de já ter dito a empresários durante palestra proferida na Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) numa referência aos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Segundo pesquisas a economia brasileira cresceu 1,9% no segundo trimestre do ano.
“Quando começaram a falar em crise o presidente Lula pediu que o brasileiro não deixasse de consumir. O Brasil foi o último país a entrar na crise e o primeiro a sair”, afirmou o ministro.
Ele observou também que houve geração de empregos e que a distribuição de renda por meio do Bolsa Família são fatores que contribuem para esse cenário positivo.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também disse que o ” bom momento da economia brasileira antes da crise e as ações rápidas do governo para solucionar os problemas gerados por ela foram os fatores que promoveram a saída sustentada do Brasil do momento econômico ruim para o mundo”.
O presidente do BC comparou a atitude da equipe econômica do governo com o socorro a um paciente que está tendo uma ataque cardíaco. “A crise bancária tem características de um ataque do coração.
Ela tem movimentos rápidos, com efeitos duradouros, e precisa de uma ação rápida, que atue nas causas”, afirmou Meirelles. Segundo ele, o governo usou um “desfibrilador” para salvar a economia do país, reduzindo o depósito compulsório em quase RS 100 bilhões e injetando mais de R$ 40 bilhões nas instituições financeiras de pequeno e médio portes.
A injeção de liquidez em moeda estrangeira também garantiu a manutenção das exportações, de acordo com ele. A baixa taxa de juros e o alto consumo das famílias permitiram que a indústria pudesse voltar aos níveis de produção e o crédito fosse reativado em taxas equivalentes ou maiores que as do período pré-crise.
O nível de desemprego, segundo Meirelles, está abaixo de setembro do ano passado, mês que antecedeu a quebra na economia mundial.
Com isso o país está preparado para retomar o crescimento e não deve passar pelos problemas do passado quando saía de uma crise, de acordo com ele. “Antes, os investimentos eram baixos e quando o país ia sair de uma crise não estava preparado. Aí vinha a inflação e todos aqueles problemas”, afirmou.
Sobre o futuro da taxa Selic, Meirelles não adiantou detalhes, disse apenas que a tendência é de queda. “Não sei se vai subir ou cair. Ela será adequada para a estabilidade monetária do Brasil. O fato é que existe uma tendência de queda”, afirmou.
Meirelles, entretanto, diz que o momento é de cautela e não se pode “baixar a guarda”. A projeção de crescimento do Banco Central para este ano deve sair no fim de setembro com o Relatório de Inflação.

Com informações da Agência Brasil

Cristina Esteche

Jornalista

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