Edital de concurso para Polícia não resolve o problema da segurança, diz Douglas Fabrício

Curitiba- O vice-líder da Oposição, deputado Douglas Fabrício (PPS), recebeu com surpresa a notícia de que o governador Roberto Requião pretende anunciar na “Escolinha” desta terça-feira (22) um edital para concurso público que visa contratar dois mil policiais.
“O governador Requião esperou passar sete anos de governo para anunciar um concurso. Esse governo tem que colocar mais policiais nas ruas e não fazer alarde por um simples edital. Até que esse concurso seja realizado e que os aprovados estejam preparados vai demorar mais de um ano. Quem sabe na posse do novo governador em 2011 esses policiais estejam nas ruas”, ironizou.
Fabrício contestou também o número de novas vagas para as polícias do Paraná.
“São cerca de cinco policiais por município paranaense, divididos entre bombeiros, policiais civis e militares. Isso não vai resolver o problema da falta de segurança no Paraná”.
O deputado citou ainda que o orçamento aprovado na Assembleia para a Secretaria de Segurança Pública foi de R$ 1 bilhão.
“Não sabemos onde este dinheiro está sendo investido, se é que está sendo, porque nossos pedidos de informações são barrados e o secretário se recusa a dar explicações”, relatou. “O governador tem que levar com mais seriedade a questão da segurança pública. Tem que melhorar os salários, contratar mais policiais, dar condições de trabalho e inclusive combustível para as viaturas, pois em alguns municípios elas não saem do pátio por falta de gasolina”, completou.
O líder da bancada, deputado Élio Rusch (DEM), também considerou baixo o número das futuras contratações para as polícias.
“Depois de muitos anos sem um concurso sequer o governador agora pretende fazer um. Ainda não confirmou que irá realizar, está analisando a possibilidade, até decidir acabou o governo. Esses dois mil novos policiais irão servir para compensar a aposentadoria de outras tantos policiais. O efetivo será o mesmo, não irá aumentar. É mais uma enganação deste governo em período que antecede as eleições”, disse.