Lizi Dalenogari, da Redação
Um dia dedicado a elas. Para quem as tem por perto e para aqueles que já não contam com a presença física de suas genitoras, o sentimento é o mesmo: gratidão. Identificamos diariamente diferentes exemplares de Mães, algumas amorosas ao extremo, outras mais contidas e que nem por isso amam menos. Nesta manhã de domingo (10), nosso dia especial (e aí me incluo porque sou mãe), vamos começar falando das Mães Artesãs.
Neusa Teleginski é uma das artesãs que expõe seus trabalhos na Feira do Produtor do bairro Bonsucesso, aos sábados pela manhã. Neusa aprendeu a fazer crochê com a mãe e desde muito pequena mostrava habilidade para lidar com a agulha. Hoje já expandiu sua arte e trabalha na confecção de panos de prato, pintura em tecido e artigos em barbante. “Minha filha aprendeu comigo o que aprendi com minha mãe. Vai passando de geração para geração. Por falta de tempo minha filha não tem pintado em tecido, mas ela gosta”, destaca. A já vovó Neusa enche de mimos o netinho de 8 meses com suas criações. “Toalhinha bordada, sapatinhos, limpa boca, boininha, tudo feito com o maior amor do mundo, o amor dobrado de avó”.
Na estamparia e artesanato Clenilde Bernardino se realiza.“Encontrei na Feira do Produtor uma oportunidade de divulgar mais meus produtos e estou contente com os resultados. Pretendo ensinar meus filhos o meu ofício, afinal conhecimento nunca é demais e sempre é uma fonte de renda extra”, diz.
Dona Francisca Iantreski, de 68 anos, encontrou na Feira uma maneira de se distrair fazendo o que mais gosta, tapetes de crochê. “Aqui vejo gente toda hora, converso, faço amizade. Minha filha aprendeu comigo e me ajuda na produção dos tapetes e me orgulho disso”.
As amigas Simone Gonçalves e Lucimara Fernandes são instrutoras no Centro de Apoio às Famílias, do Cáritas. São “Mães” de 23 alunos que encontram no artesanato utilizando matérias recicláveis, a oportunidade de aumento na renda familiar. “Do que vendemos aqui na Feira, uma porcentagem é destinada a Pastoral da Criança. Somos felizes porque quem ensina tem o papel de mãe, então temos muitos filhos”, explica Simone.
Geraldinha dos Santos Guedes, de 68 anos, é uma das “filhas” de Simone e Lucimara, participando do grupo no bairro Bonsucesso. “Estas meninas são umas bênçãos. Carinhosas, tem tanta paciência com a gente e nos ensinam coisas lindas”. A atenção é uma forma maternal de expressar o amor.
Eliane Maria Cordeiro aprendeu o ofício com as avós. Faz trabalhos em crochê e flores em E.V.A e desde pequena identificou seu talento e não parou mais. A filha de 21 anos ajuda na produção das canetas enfeitadas com rosas em E.V.A e as sobrinhas mostram sempre interesse em ajudar e aprender.
E assim nossas mães artesãs vão disseminando seus talentos pela vida e nos dão uma lição de persistência, de doação e amor… de mães.