22/08/2023
Política

"Não estou envolvido de jeito nenhum", diz Cleto Tamanini

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Cristina Esteche

O vereador Cleto Tamanini (PTC) e ex-diretor da Coordenadoria da Receita do Estado do Paraná, cargo que fica abaixo apenas do secretário da Fazenda, disse que “de jeito nenhum” está envolvido no esquema de propina que envolve a Receita Estadual.

O nome de Cleto foi citado pelo jornal Gazeta do Povo como fazendo parte da Operação Publicano, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e que já resultou em 69 mandados de prisões, entre os quais Luiz Abi Antoun, primo distante do governador Beto Richa.

De acordo com Cleto Tamanini, como as investigações dizem que a corrupção na Receita existe há cerca de 30 anos, o “Gaeco, ou a Gazeta do Povo, deve ter pego desse periodo para cá para investigar”.

O vereador de Guarapuava e audtor da Receita Estadual disse à Rede Sul de Notícias, que assumiu o cargo de diretor durante a gestão do ex-governador Orlando Pessuti, permanecendo na função durante seis dos nove meses de mandato. “Já no meu discurso de posse estabelecia as regras de como o trabalho iria funcionar de julho a dezembro de 2010”. 

Cleto Tamanini disse que suspendeu as transferências de crédito que, segundo ele, é onde acontecem as propinas. “Sempre fui contra esses benefícios fiscais que são concedidos sem controle e sem fiscalização”. Durante o periodo em que esteve como diretor, Cleto assegura que a fiscalização acontecia em tempo real. “Isso permite que na hora você contate o empresário e corrija distorções, caso aconteçam”. O auditor também afirma que nesse period nunca autorizou transferências de créditos e que nenhuma ordem de serviço foi aberta. “Por uma questão ética e de respeito pedi que as ordens do diretor anterior fossem concluídas”.

Ele disse também que a sua preocupação como diretor foi aumentar a arrecadação do Estado dentro da sua visão administrative. “Ou seja, com acompanhamento em tempo real e cobrança de dívidas ativas que somavam R$ 18 bilhões na época”. Segundo Cleto Tamanini, essas ações aumentaram a arrecadação da Receita em R$ 1 bilhão. “Portanto, não tenho a menor preocupação com a citação do meu nome e faço questão de depor, caso seja intimado”. 

Cristina Esteche

Jornalista

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