22/08/2023
Política

Políticos e advogados confirmam parcerias, mas negam irregularidades

Da Redação

Políticos que tiveram seus nomes envolvidos na nova fase da Operação Lava Jato esclarecem a contratação do escritório Gonçalves, Razuk, Lemos & Gabardo e negam irregularidades.

Em nota, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) disse que conhece o advogado Guilherme Gonçalves de sua militância no partido e de três campanhas eleitorais que fizeram juntos (2008, 2010 e 2014). Entretanto, Gleisi disse desconhecer as relações comerciais do escritório de advocacia dele. A senadora diz ainda que o pagamento por todos os serviços prestados constam das declarações feitas à Justiça Eleitoral. Segundo a senadora, o advogado é “conceituado e referência em direito eleitoral no estado do Paraná, atendendo a vários partidos e candidatos”. O ex-deputado federal Angelo Vanhoni (PT) confirmou que  conhece o advogado Guilherme Gonçalves há tempos e diz que o escritório prestou serviços jurídicos na campanha de 2014. “Aquilo que está declarado [na prestação de contas] foi exatamente o que aconteceu”, disse. Vanhoni nega que a Consist tenha feito qualquer pagamento ao escritório para cobrir honorários relativos à sua campanha. À Rede Sul de Notícias, o deputado estadual Bernardo Ribas Carli (PSDB) repetiu o que disse à GP. Ele afirma que contratou o escritório para a campanha e que foi tudo feito de forma legal. Pedro Guerra (PSD) contou que contratou o escritório para sua campanha porque já conhecia um dos sócios desde 2010. Ele não se elegeu. À GP, Marcelo Almeida (PMDB), que  nãos e elegeu ao Senado em 2014, declarou que o escritório atuou legalmente em todas as suas campanhas eleitorais.

Em nota, o advogado Guilherme Gonçalves  confirma que prestou serviços de advocacia, consultoria e assessoria jurídica, devidamente documentados, para a empresa [Consist]. Segundo ele, há contrato firmado entre as partes.

Gonçalves disse também que liberou o acesso a documentos à Polícia Federal.  Já o advogado Sacha Reck informou  que havia um acordo entre ele e Gonçalves que, apesar da sociedade, cada um cuidava de uma área específica e de clientes específicos – no caso, os contratos com a empresa Consist seriam de responsabilidade do outro sócio. 

Cristina Esteche

Jornalista

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