22/08/2023
Guarapuava Segurança

Enquanto a cidade volta ao normal, PM está atrás dos assaltantes

Segundo o comandante do 16º BPM, tenente-Coronel Joas, as buscas não têm data para encerrar. 260 policiais fazem as buscas

proforte

Assaltantes crivaram de balas os barracões (Foto: Cristina Esteche/RSN)

As marcas das balas disparadas pelos assaltantes ainda estão pelas paredes da transportadora de valores. No entanto, o alvo da tentativa de assalto na noite desse domingo (17), voltou à rotina normal. Em frente à Proforte, três seguranças fazem a guarda Dos barracões, como é de praxe. De acordo com vizinhos, nessa segunda (18), curiosos formavam fila de carros e passavam em frente ao local.

Entre os guarapuavanos, no entanto, o assunto ainda predomina na rodas de conversas espalhadas pela cidade. Afinal, cada um tem uma história para contar. Algumas pessoas, continuam espalhando ‘fake news’. Na noite de ontem, por exemplo, um áudio tomou conta das redes sociais e de grupos de WhatsApp. Um homem dizia que assaltantes tinham tomado um dos supermercados da cidade. E que havia muitos feridos e reféns. Todavia, tudo não passou de mentira.

De acordo com a Polícia Militar, enquanto a cidade retoma à rotina, 260 policiais continuam as buscas. Três helicópteros auxiliam a operação. Além do apoio das principais forças especiais do Estado, da Polícia Civil, Militar e Científica. E ainda as Polícias Federal e Rodoviária Federal, encaminhadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Entretanto, ainda não houve nenhuma prisão. Na tarde dessa segunda (18) um homem chegou a ser levado pela P2, serviço reservado da PM, à delegacia. No entanto, após prestar depoimento foi liberado. Contudo, apenas o celular dele ficou apreendido.

Ainda nessa segunda, o ministro da Justiça, Anderson Torres, comparou os ataques em Guarapuava, ao crime de terrorismo. No Senado, durante comemorações dos 62 anos de Brasília, ele defendeu mudanças na legislação brasileira. A intenção de acordo com o ministro, é endurecer a pena para esses casos.

Um crime gravíssimo, um crime que nós não temos como dizer que você chegar numa cidade, incendiar uma cidade, tocar fogo em banco, tocar fogo na polícia, que isso não causa um terror naquelas pessoas. Isso, na nossa opinião, é um tipo de terrorismo.

Conforme o comandante do 16º BPM, tenente-Coronel Joas, as buscas não têm data para encerrar. As equipes correm atrás de 30 marginais. Os assaltantes utilizaram 12 veículos, já localizados. Desses, quatro queimados e usados como barreiras pelos criminosos. Além de nove armas (entre .50 BMG, 7,62, 5,56 e calibre 12 Combat); uma pistola Glock 9 mm com seletor de rajada; um carregador de AK 47. E ainda munições, capacetes e coletes balísticos; balaclavas, facas, celulares e lanternas; placas de veículo frias; e R$ 1,4 mil em espécie.

Durante a tentativa de assalto, dois policiais militares e um morador ficaram feridos, e estão fora de perigo. Um deles, o policial Wendler foi salvo graças a um celular que estava no bolso do uniforme. De acordo com postagem em redes sociais, Anne Wendler, filha dele, compartilhou vídeos do aparelho com marcas de balas.

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Cristina Esteche

Jornalista

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