22/08/2023
Política

PT do Sudoeste quer fortalecer o movimento estudantil

Curitiba – Historicamente, o movimento estudantil secundarista e universitário é visto como um espaço de formação política e uma verdadeira escola de lideranças. Passaram por entidades como a UNE, UBES, UPE, UPES e UMESC inúmeras personalidades da política paranaense e nacional. Quem não se lembra ou ouviu falar de episódios como o enfrentamento da polícia montada do Exército pelos estudantes na Universidade Federal do Paraná em maio de 68, munidos de estilingues, bolinhas de gude, pedras e paralelepípedos? E da derrubada do busto do ministro da Educação da ditadura militar, Suplicy de Lacerda, do pátio da reitoria da UFPR? Da participação dos estudantes no movimento das Diretas Já? Das passeatas, no início da década de 90, contra a privatização do ensino nas universidades públicas? Dos “caras-pintadas” e do “Fora Collor”? “A redemocratização do Brasil deve muito aos estudantes, assim como aos sindicalistas, aos movimentos sociais e ações pastorais das igrejas”, afirma a deputada estadual Luciana Rafagnin, vice-presidente do PT-PR.
Mas como o movimento estudantil não vive apenas do seu passado de resistência, ele está empenhado em participar ativamente das grandes transformações na política de educação, no acesso à escola e na melhoria da qualidade de ensino. A coordenação regional do PT no Sudoeste também quer contribuir para fortalecer a intervenção do movimento estudantil na sociedade e apoiar suas lutas. A própria Secretaria Estadual de Juventude do Partido realizou recentemente uma plenária com estudantes universitários e secundaristas, filiados ao PT, para discutir política pública nessa área, o papel do estudante como agente de transformação da sociedade e escolher delegados para participarem do Encontro Nacional de Estudantes Petistas, que acontecerá nos dias 23 e 24 de março em São Paulo. Os estudantes Amanda Jaqueline Teixeira, Diego Aguilera, Diego Adancheschi e Reginaldo Nascimento compõe a delegação paranaense.
O PT do Sudoeste quer reativar o trabalho com a juventude do partido e dar uma atenção especial às demandas do movimento estudantil na região. O estudante Yuri Vilmar Vicelli, de Francisco Beltrão, lembra que o fortalecimento do movimento estudantil é uma necessidade para revitalizar as bases da atuação política. “Além da conquista de um diploma e da formação profissional, técnica, é preciso que a educação seja uma ferramenta de desenvolvimento humano e social, que promova o pleno exercício da cidadania”, diz Vicelli. Ele, que é militante petista, acredita que seja também função da organização estudantil e das escolas semear nos estudantes, por meio da formação política, o compromisso com a qualidade de vida no local em que vivem

Cristina Esteche

Jornalista

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