22/08/2023




Brasil

A cartada da violência

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A imagem de ministérios em chamas, confrontos violentos com a polícia e gente ferida. Toda essa selvageria tinha por objetivo provocar a imagem de inconformismo com o governo Temer, envolvido em denúncias.
Não funcionou porque essas cenas, a exceção do nível inédito de violência, já são bastante conhecidas e seus autores, sempre os mesmos. Revelam apenas que o PT e seus aliados, inconformados com a possível perda de privilégios e a provável inviabilização de seu candidato, réu em 6 processos por corrupção, resolveram jogar a cartada da violência.

A conversa dos líderes da baderna foi a mesma de sempre. Era uma manifestação pacífica e ordeira que foi “infiltrada por desordeiros”, quer teriam cometido excessos. No mais, a culpa é da intolerância da polícia com os “movimentos sociais”.

Alguns líderes do quebra quebra não tiveram sequer o cuidado de disfarçar, com desculpas esfarrapadas, sua opção preferencial pela violência. Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), conhecida linha auxiliar do PT, foi direto. Publicou um vídeo no Facebook em que ‘explica’ a depredação em Brasília.

“Estão usando como argumento ataques a ministérios. Agora, as pessoas chegam pacificamente numa manifestação, a polícia reage com porrada, bomba, de maneira sistemática… é evidente que terá reações”, diz ele.

Ou seja, se não se permitir tudo aos arruaceiros, eles se dão ao direito de “reações”. Entre elas, pelo que se viu ontem, se incluem incêndios, violência, vandalismo, lesões corporais.

O Brasil vinha retomando, lentamente, o caminho da normalidade econômica, depois da herança catastrófica deixada pelo PT. O PIB registrou um crescimento de 1,12 % no primeiro trimestre, foram criados 60 mil empregos em abril e a indústria automobilística aumentou sua produção em 21%. A inflação caiu de 9,3% para 4,1%. A Bolsa de São Paulo retornou aos índices de 2011. Os juros caíram de 14,25% para 11,25% e havia a perspectiva de um corte de 1,25%.

Os novos escândalos têm potencial para fazer com que se percam esses avanços e mergulhemos de novo no caos econômico. O PT acha isso pouco e, sem se importar com o Brasil, aposta no caos institucional ao optar pela violência.

Os brasileiros devem reagir com serenidade e firmeza. Não podemos permitir que a irresponsabilidade de alguns, jogue o Brasil no caos.

(*) Ademar Traiano é deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e presidente do PSDB do Paraná
 

Cristina Esteche

Jornalista

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