Após cerca de 40 dias do desaparecimento de Acir Roberto de Almeida, pela primeira vez, a Polícia Civil de Guarapuava assumiu publicamente que a vítima foi assassinada.
“As investigações são na linha de extorsão mediante sequestro, seguido de morte e ocultação do cadáver”, assegurou o delegado Bruno Miranda ao Portal RSN. Ele preside o inquérito que investiga o sumiço de Acir, desde o dia 30 de novembro de 2018, em Guarapuava.
O delegado disse, também, que vai pedir a prorrogação das prisões temporárias de oito pessoas que estão detidas por suspeita de envolvimento no caso. No início de dezembro, duas pessoas foram presas por suspeita de participação no caso.
“São pessoas que tiveram envolvimento nas transações financeiras decorrentes do desaparecimento de Acir”.
Segundo Bruno, o pivô do caso foi a extorsão de mais de R$ 100 mil, valor que Acir possuía numa conta bancária e que foi retirado pela própria vítima e entregue a um vizinho, que já confessou envolvimento em parte dos crimes citados. Entretanto, a versão que é sustentada à polícia pelos detidos é de que Acir teria simulado o próprio sequestro, pego o dinheiro, chamado um Uber e sumido. Para sustentar essa versão, o suspeito da autoria, que foi preso junto com outro homem após ter ateado fogo na caminhonete de Acir, fez montagens amadoras no perfil da vítima em redes sociais, dando a entender que a vítima estaria trabalhando no Mato Grosso.
“Isso não procede. Acir não tinha esse perfil. Era pai de três filhos, tinha namorada”, observa o delegado. Segundo Bruno Miranda, as investigações continuam.
A identidade dos presos no caso não foi revelada pela polícia.