22/08/2023


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Recuperados da covid-19 ainda podem propagar o vírus

Especialistas alertam para que brasileiros tomem cuidado. Algumas pessoas que já tiveram a doença, acabam relaxando nas medidas de prevenção

covid

O fato de já ter tido a doença pode ser motivo de relaxamento para algumas pessoas  (Foto: Reprodução/Pixabay)

O número de casos de coronavírus no Brasil está crescendo a cada dia. Ao mesmo tempo, há a esperança de uma mudança  do cenário, já que o número de pacientes curados também tem aumentado. Em Guarapuava, 261 pessoas testaram positivo até agora. Entretanto, desse total, 90 pacientes já se recuperaram, o que equivale a 34,48%.

No Paraná, 33.939 casos já foram confirmados e 8.817 pessoas já se recuperaram da doença. Quando falamos em território nacional, o número de curados é de quase um milhão. Entretanto, o fato de já ter tido a doença pode ser motivo de relaxamento para algumas pessoas que deixam de seguir à risca todas as medidas e recomendações para evitar o contágio. Para outros, a rotina de cuidados não mudou, ficou até maior.

De acordo com a Agência Brasil, em uma entrevista com especialistas, não há qualquer evidência científica de que quem contraiu a covid-19 não vá se contaminar de novo. Além disso, por ser uma doença nova, os efeitos do vírus a médio e longo prazo não são totalmente conhecidos. Quem teve a infecção pode ainda apresentar eventuais complicações.

Isso vai de acordo com as afirmações feitas pelo infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia. “Não temos certeza, por enquanto, de que quem teve covid-19 uma vez não terá novamente. É importante que quem já teve a doença continue se prevenindo. Continue com as medidas preventivas, usando máscaras, higienizando as mãos e evitando aglomeração”.

As pessoas que já foram infectadas, assim como as demais, podem ajudar a propagar o vírus caso não tomem os devidos cuidados. Mesmo a pessoa que não estiver infectada, se ela colocar a mão em um lugar contaminado, ela pode carregar o vírus. Por isso, a importância de estar sempre higienizando as mãos, lavando com água e sabão ou com álcool 70%.

EM GUARAPUAVA

De acordo com os dados da Sesa, a 5ª Regional de Saúde, que tem sede em Guarapuava, mantém o índice de incidência da doença abaixo dos níveis da média estadual, e atualmente tem bandeira verde, ou seja, está em estado de alerta. Além disso, o índice de mortalidade da regional é a menor do Estado.

No entanto, mesmo em meio a esta notícia, o Secretário de Saúde de Guarapuava, Jonilson Pires, alerta a população. “Fiquem em casa, usem máscara, respeitem o distanciamento social, usem álcool gel e lavem as mãos várias vezes ao dia”.

Além disso, um decreto mais rígido foi estabelecido pelo prefeito Cesar Silvestri Filho em 17 de junho. Conforme o decreto, com as novas medidas, bares também devem vedar a utilização de objetos compartilhados, como narguilé, chimarrão e similares. Ainda exigir que os manipuladores de alimentos utilizem máscaras e luvas de proteção individual para entrega de pratos, copos e talheres e para servir clientes; além de estimular o pagamento com cartões ou pelo celular.

No mesmo dia, foi decretado que quem promover possíveis aglomerações como festas, batizados, casamentos e confraternizações vai ser multado em R$ 5 mil. Isso vale também para os proprietários de casas onde ocorram reuniões com mais de um núcleo familiar, células religiosas, entre outras formas de aglomerar pessoas.

OUVIDORIA

A Ouvidoria também foi instalada na cidade para diminuir a propagação comunitária do vírus, ou seja, a transmissão entre membros da mesma família. Assim, por meio do telefone, a população pode denunciar irregularidades que ocorram em estabelecimentos comerciais ou em praças e parques públicos com relação às medidas preventivas da pandemia.

A equipe responsável trabalha de segunda a domingo, das 8h às 22h, com atendimento via telefone 156 e por meio do sistema on-line da Ouvidoria. Por fim, a prefeitura de Guarapuava e a Clínica Escola de Fisioterapia (CEFISIO) da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) estão auxiliando na reabilitação da capacidade respiratória de pacientes que tiveram covid-19.

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Antunes

Jornalista

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