22/08/2023


Mundo Saúde

Brasileiro é primeiro infectado por varíola dos macacos na Alemanha

Brasileiro de 26 anos, esteve em Portugal e na Espanha. Ele está isolado numa clínica em Munique. Europa vive maior e mais extenso surto da doença

VARIOLA DOS MACACOS

Brasileiro de 26 anos, esteve em Portugal e na Espanha. Ele está isolado numa clínica em Munique. Europa vive maior e mais extenso surto da doença (Foto: Reprodução/Gettyimages)

A Alemanha registrou o primeiro caso de varíola dos macacos nessa sexta (20), conforme as Forças Armadas alemãs. O vírus foi detectado na quinta (19) num brasileiro de 26 anos.

De acordo com as informações, ele chegou à Alemanha após viagem com origem em Portugal, passando pela Espanha, e estava havia uma semana em Munique, no Sul do país.

O paciente teria apresentado erupções cutâneas, um dos sintomas característicos da doença. Conforme as informações, o brasileiro está em isolamento numa clínica na cidade. Autoridades sanitárias da Europa e da América do Norte vêm detectando um número crescente de casos de varíola dos macacos desde o início de março.

Por isso, esses novos casos podem sinalizar que a doença, habitualmente presente apenas em algumas Regiões da África, esteja se alastrando.

SURTO NA EUROPA

Com vários casos confirmados no Reino Unido, Itália, Suécia, Espanha e Portugal, este é o maior e mais extenso surto de varíola dos macacos já visto na Europa. Contudo, ainda não se sabe se há uma conexão entre os casos individuais e o surto atual.

O Canadá foi um dos países mais recentes a relatar casos suspeitos da varíola de macacos. Antes, Espanha e Portugal confirmaram 28 e 23 infecções, respectivamente. Além disso, os dois países também investigam dezenas de casos suspeitos.

Já o Reino Unido confirmou 20 casos desde 6 de maio, e os Estados Unidos, um. A Suécia e a Itália confirmaram um caso cada. A França e a Bélgica também registraram as primeiras infecções nessa sexta.

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em contato com autoridades de saúde europeias sobres os possíveis surtos. Uma grande parte ou possivelmente todos os casos até agora afetam homens. O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias.

Os sintomas porém, costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores na cabeça, costas e muscular, febre. E ainda, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Rara nas Américas e Europa, a doença, da qual a maioria se recupera em semanas, só é fatal em casos raros. A enfermidade infectou, nos últimos anos, milhares de pessoas em algumas Regiões da África Central e Ocidental.

CONTÁGIO POR CONTATO PROLONGADO

A varíola dos macacos não é de fácil transmissão. A transmissão do vírus ocorre por meio de contato direto com animais ou humanos infectados. Além disso, com roupas e objetos de infectados, por meio da mordida de animais que carregam o vírus.

Ou ainda, pelo consumo destes e por gotículas respiratórias. Porém, neste caso, é necessário um contato pessoal prolongando. No entanto, homens que tiveram relações sexuais com parceiros do mesmo sexo são maioria entre os infectados recentemente.

Contudo, especialistas britânicos, afirmam que ainda não há evidências suficientes para provar que a varíola dos macacos também é transmitida sexualmente.

PRIMEIRO REGISTRO EM 1970

A varíola de macaco foi registrada em humanos pela primeira vez em 1970 na República Democrática do Congo. Casos isolados surgiram em outros países africanos. Em 2003, uma infecção por esse vírus acabou identificada nos Estados Unidos.

Depois em 2018, outras duas no Reino Unido e Israel. Desde então, nenhum caso havia sido registrado fora do continente africano. Por isso, a OMS considera mito baixo, o risco endêmico da varíola dos macacos.

Isso porque a doença é uma zoonose, que passa de animais para humanos. Por fim, o patógeno que causa a doença circula entre roedores. Os macacos são considerados hospedeiros de transporte – ou seja, carregam o vírus sem que esse se desenvolva nesses animais.

(*Com informações do G1)

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Gilson Boschiero

Jornalista

Possui graduação em Jornalismo, pela Universidade Metodista de Piracicaba (1996). Mestre em Geografia pela Unicentro/PR. Tem experiência de 28 anos na área de Comunicação, com ênfase em telejornalismo e edição. Foi repórter, editor e apresentador de telejornais da TV Cultura, CNT, TV Gazeta/SP, SBT/SP, BandNews, Rede Amazônica, TV Diário, TV Vanguarda e RPC. De 2015 a 2018 foi professor colaborador do Departamento de Comunicação Social da Unicentro - Universidade do Centro-Oeste do Paraná. Em fevereiro de 2019, passou a ser o editor chefe do Portal RSN.

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