Da Redação,com Anvisa
São Paulo – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a prescrição de RSHO™ para o tratamento de um paciente portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esta é a primeira vez que o órgão permite a prescrição do óleo de cânhamo, rico em canabidiol (CBD) e produzido pela HempMeds® Brasil, para o tratamento da doença no país.
A permissão está em linha com as últimas decisões sobre o assunto da agência reguladora, que em 2015 liberou a importação de medicamentos à base de canabidiol e THC para qualquer condição clinica que o médico julgar apropriado. Esta é a segunda autorização concedida pela Anvisa só neste começo de ano – em fevereiro, o órgão permitiu a prescrição de RSHO™ para um paciente da doença de Alzheimer. No país, o tratamento à base de canabidiol também é utilizado para combater os efeitos da esclerose múltipla e epilepsia refratária..
A decisão vem quase dois anos depois que a HempMeds® Brasil se tornou a primeira empresa a oferecer produtos legais de cannabis medicinal para o Brasil. "Valorizamos o governo brasileiro pela sua abordagem complacente em relação à cannabis e por reconhecer a necessidade de tratamentos alternativos para tratar de condições médicas para as quais atualmente não existe cura", disse o CEO da Medical Marijuana, Inc., Dr. Stuart Titus. "A nossa expectativa é que, com esta decisão, outras famílias brasileiras com portadores de autismo tenham acesso ao RSHO™”, afirma Titus.
SOBRE
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se desenvolve na infância e é caracterizado por dificuldades de interação social, deficiências verbais e físicas, e padrões restritos e repetitivos de comportamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 70 milhões de pessoas no mundo estejam no espectro do autismo. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, uma em cada 68 crianças nos EUA atualmente têm TEA. No Brasil, estima-se um número de até 2 milhões de casos de autismo, e cerca de metade destes casos ainda não diagnosticados.