22/08/2023
Economia

PR vai crescer 5% em 2014, diz Ipardes

A economia paranaense deve crescer 5% no ano que vem, resultado ligeiramente melhor que o esperado para este ano. A estimativa é do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), para quem o Produto Interno Bruto (PIB) estadual vai fechar 2013 com uma expansão entre 4,7% e 4,9%.

O ano de 2014 promete ser mais difícil para as exportações paranaenses. É o que indica uma estimativa feita pela Gazeta do Povo a partir de projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Para a entidade, as receitas brasileiras com produtos básicos vão cair 0,3% em 2014, e as vendas de semimanufaturados vão baixar 5%. O faturamento com os embarques de manufaturados, por sua vez, deve aumentar 1,2%.

Se os embarques dos principais produtos exportados pelo Paraná tiverem desempenho similar ao esperado pela AEB para as exportações brasileiras desses mesmos itens, o faturamento do estado com as vendas de produtos básicos deve cair 13% em 2014. As receitas com semimanufaturados, por sua vez, podem baixar 9%. Os manufaturados devem ser os únicos a crescer, mas menos de 1%. O motivo para o desempenho mais fraco do estado é que algumas das mercadorias mais relevantes de sua pauta devem sofrer queda no volume embarcado ou no preço, ou em ambos. A AEB espera reduções nas receitas com produtos como soja em grão (-7,7%), farelo de soja (-7,2%), óleo de soja (-12,5%), carne de frango (-8,1%), milho (-55,9%), açúcar bruto (-13,4%) e refinado (-10,2%), etanol (-10,6%), café solúvel (-0,6%), papel (-3,6%) e automóveis (-5,6%).

Por outro lado, deve subir o faturamento dos embarques de carne suína (16,1%), madeira serrada (1,4%), autopeças (3,2%), motores para veículos (5,5%), veículos de carga (10,2%), tratores (16,7%), chassis (16,2%), máquinas e aparelhos agrícolas (7%) e móveis (13,7%). “Indicadores de mercados mostram as commodities com viés de baixa contínua e suave, porém, sinalizando manutenção das quantidades embarcadas em 2013”, afirma a AEB. “Em contrapartida, produtos manufaturados serão influenciados pela maior taxa cambial. Porém, a retração e a restrição em mercados de destino (Argentina e Venezuela) poderão limitar os benefícios propiciados pela maior competitividade.”

 

Cristina Esteche

Jornalista

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