22/08/2023
Economia

Após receio por mobilização, dólar começa a semana em queda

imagem-88218

Cristina Esteche

Depois de uma alta histórica na sexta feira (13) por conta de incertezas motivadas pelo manifesto nacional deste domingo (15), contra o Governo, o dólar opera em queda nesta segunda-feira (16). Na sexta feira a moeda americana atingiu maior cotação em quase 12 anos. Até o meio da tarde de hoje, a moeda era vendida a R$ 3,2159, em baixa de 1,02%.

De acordo com a economista Sandra Mara M. Mattos, professora doutora na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), os investidores ficaram receiosos por causa dos protestos que aconteceriam no domingo e criaram uma proteção em torno da moeda americana. “Como o governo reagiu bem  à mobilização, nesta segunda feira o mercado normalizou e o dólar voltou a cair”.

A oscilação na cotação do dólar vem acontecendo principalmente em março e tem um impacto no cenário da economia brasileira. De acordo com a economist, uma das causas é a recuperação da economia Americana e, consequentemente, a valorização da moeda dos Estados Unidos por parte do Banco Central Americano. “No Brasil, quando so inevstidores vem a moeda Americana se valorizando correm para fazer aplicações e aí a demanda acaba ficando maior do que a oferta”. Segundo a economista Sandra Mara Mattos, por outro lado, a economia brasileira não dá sinais de recuperacão em 2015. “Com os ajustes fiscais que vem sendo feitos pelo governo se busca aplicar em moeda mais estáveis. No caso o dólar prevalece, embora esteja com cotação inferior ao euro, mas é uma moeda bem aceita em todos os países”.

Com o dólar em alta quem ganha são os grandes investidores  voláteis, ou seja, aqueles que aplicam somente no mercado financeiro, sem interesse em aplicar em produção.

Quem sai ganhando também são os os exportadores. Mas, segundo a Sandra Mara Mattos, não garantia de grandes ganhos."Há um problema de competitividade da economia brasileira como um todo e se a inflação subir muito, não adianta o dólar subir porque há um empate nessa conta”.

Entretanto, quem sai perdendo mesmo é o consumidor. Como o Brasil exporta muitos produtos acaba pagando mais caro e a diferença vai pegar o bolso do consumidor. “Entre inúemros produtos, o país importa petróleo. Essa alta do dólar inlfluencia nos produtos derivados, como a gasolina, por exemplo”.  Ou seja, dólar mais alto significa também que produtos importados e feitos no Brasil com insumos vindos de outros países tendem a ficar mais caros. Segundo a economista da Unicentro, significa um peso a mais sobre a inflação. Isso pode até mesmo pesar na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a definição da taxa básica de juros, atualmente em 12,25% ao ano, maior patamar desde meados de 2011.

 

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.